segunda-feira, 15 de junho de 2009

Artrite Reumatoíde: Dor compartilhada Dor diminuída - BLOG DA PRISCILLA TORRES - MUITO BOM!!!!!

Priscilla Torres é uma moça linda, batalhadora incansável que não cedeu à depressão quando diagnosticada com Artrite Reumatóide. Foi à luta.

A doença tem sido severa com ela mas não deixa a peteca cair. O nome escolhido para o blog foi fantástico.

Ela está sempre atuante, divulgando, participando, criando, tudo quanto possam imaginar sobre AR.

Vale a pena conhecer seu blog e segui-la onde vá. E, se possível, pra quem mora em SP, aproveitar as palestras e encontros para compartilhar a dor e assim diminui-la.  

http://www.artritereumatoide.blog.br/


Artrite Reumatoíde: Dor compartilhada Dor diminuída




Atualizando esta informação em 29 de abrir de 2013.

PRISCILA - VEM PRAS VITAMINAS!!!!!!!

domingo, 14 de junho de 2009

RELATÓRIO 13


Bem, vamos resumir o que é a ARTRITE REUMATÓIDE:

Doença auto-imune, degenerativa, sem uma causa estabelecida. Se pegarmos em vários sites, vamos ver que as origens, as hipóteses são tantas que não vale a pena reescrever aqui. Primeiro porque não existe comprovação científica para essas probabilidades. Segundo porque muitas vezes o paciente não se enquadra em nenhuma delas. Então como dizer a razão? Por isso se diz que é auto-imune.


O que é uma doença auto-imune?
È uma doença que o próprio organismo da pessoa cria.
Sabe-se por estudos, que o sistema de defesa do organismo, por razões ainda desconhecidas, não identifica mais seu próprio corpo, reconhecendo-o como algo estranho, se preparando então para combater os inimigos, como vírus e bactérias. Só que ataca também as células ou tecidos saudáveis daí a inflamação nas articulações. Dá pra entender que a gente mesmo possa estar gerando uma doença dentro da gente?


Sua característica principal é a inflamação persistente nas articulações (dedos, pés, joelhos, tornozelos, ombros, mandíbula etc...). Às vezes começa a dor em algumas articulações e outras não. Às vezes doem todas de uma vez, ao mesmo tempo. Outras vezes podem doer somente os pés, por exemplo.




É mais freqüente em mulheres e costuma iniciar-se entre 30 e 50 anos de idade, mas compromete também homens e crianças. Existe também a artrite reumatóide juvenil.

O diagnóstico precoce é fundamental porque, quanto mais cedo descobrir ou mais cedo iniciar o tratamento, melhor a chance de manter uma vida independente e produtiva porque o tratamento corretamente adotado impede o avanço da doença que, se não for devidamente tratada pode levar à invalidez permanente, deformações físicas graves e dores muito fortes causando muito sofrimento ao paciente.

Quem quer, em sã consciência, ficar inválido? Quem quer viver permanentemente com dores extenuantes? Quem quer viver feliz mesmo sabendo que dia após dia, sua qualidade de vida perece, impedido de fazer os menores gestos pela dor e inchaço, tais como: pentear o cabelo, escovar os dentes, apertar o tubo de pasta dental, dar descarga, virar a chave para abrir qualquer porta, escrever, vestir-se normalmente, pegar panela quente? Quem vai querer ver-se deformando seus dedos, mãos, pés, a cada dia que passa?

Ao sentir essas limitações, sabendo que o tratamento vai reverter a situação, permitindo que se volte aos poucos à normalidade, o paciente adere conscientemente e firme ao tratamento, na esperança de que a melhora venha rápido.

Característica básica: rigidez matinal.

Às vezes começa a doer de madrugada mesmo. Mas a imobilização, ou seja, o descanso, faz com que as articulações se enrijeçam. O tempo que leva para voltar ao normal durante o dia é que vai determinar a gravidade da doença. Dormimos e quando acordamos, sentimos rigidez e imensas dores.

Eu particularmente, comecei, como disse, sentindo dores no pé esquerdo, evoluindo em algumas semanas, para as mãos. A esquerda, primeiro e depois a direita. Atualmente, mesmo com as medicações, meu dedo médio da mão direita, permanece rígido e muito dolorido. Só no final da tarde é que consigo dobrá-lo de leve mas ainda com dor, caracterizando um estágio mais grave da doença, que evolui rapidamente. Não fico tomando analgésico direto para avaliar o quanto a dor está intensa. Quando dói demais termino tomando o analgésico. Só descobri a razão da fadiga, do cansaço no final da tarde e mais à noite (costumava dormir tarde trabalhando bastante) quando li que esta era uma das características. Não entendia como eu, que antes varava a madrugada trabalhando, entregava os pontos bem mais cedo.

Seja lá qual for a razão, o que a gente sabe é que, como em tudo na vida, cada caso é um caso.

Tem gente que apresenta leve e discreta rigidez de vez em quando (casos benignos) e melhora passando no local uma pomadinha antiinflamatória (prescrita pelo médico) e nunca vai piorar.

Tem gente que já começa em estado grave.

Tem gente cujo nível da doença foi considerado grave e obteve regressão com o tratamento.

Tem gente que fez tudo direitinho e o tratamento não adiantou, evoluindo a doença para o extremo com deformidades progressivas e incapacidade de locomoção.

Donde se conclui que cada um tem que fazer a sua parte. Uma vez diagnosticada a Artrite Reumatóide, através dos exames tradicionais solicitados por médico especialista (e não por conclusão após leitura dos sintomas aqui ou em qualquer outro lugar), iniciar o tratamento indicado e esperar pelos resultados.

No meu caso, conforme já expliquei, tive surtos passageiros antes da doença tornar-se, como imagino agora, crônica. Ainda não tenho grave incapacidade articular. Continuo na ativa embora com limitações, principalmente de manhã. Agora mesmo, digitar é possível mas com dores principalmente no dedo médio, o mais afetado. Como uso os 10 dedos (aprendido na datilografia), não o forço muito.

O tratamento tem surtido efeito embora para isso esteja enchendo o organismo com medicamentos fortes que, ao longo do tempo, não sei se trarão mais malefícios.

Como não existe ainda cura, segundo a medicina tradicional, para a AR, o tratamento fica sempre restrito ao uso de remédios (em alguns casos, ao longo da vida) para administrar a dor e diminuir o inchaço.

No meu caso (não estou prescrevendo nada para ninguém), devidamente diagnosticado por especialista, através de exames de sangue específicos, estou tomando o que a maioria toma: antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e os corticóides. Dada a gravidade do meu caso, ele inseriu outros 2 medicamentos próprios para AR, principalmente o terrível METOTREXATO. Além desses tomo ainda outros (Ácido fólico e cálcio) para evitar malefícios causados por estes altamente tóxicos.

Já li também em um fórum, que uma pessoa dizia que tinha um doença (AR) e depois dos medicamentos, adquiriu mais 7 (efeitos colaterais).
Espero que eu consiga passar incólume ou que tenha esses efeitos minimizados.

RELATORIO 12 - SITUAÇÕES QUE ACREDITO DEVERIAM SER ABORDADAS E ORIENTADAS PELO MÉDICO MESMO SEM QUE O PACIENTE PERGUNTE



SITUAÇÕES QUE ACREDITO DEVERIAM SER ABORDADAS E ORIENTADAS PELO MÉDICO MESMO SEM QUE O PACIENTE PERGUNTE

Existe cura para esta doença?
Qual o nível de gravidade no meu caso especificamente?
Qual a finalidade do tratamento? Por quanto tempo terei que fazê-lo?
Tomo outros remédios. Pode haver interferência entre eles?
Quais os efeitos colaterais? (a gente se espanta em ler a bula, mas sabe que podem não ocorrer)
Posso continuar com minha rotina de exercícios?
Preciso de algum repouso especial?
Preciso alterar minha rotina diária no trabalho e no lazer?

RELATÓRIO 11 - COMO OS MÉDICOS DÃO O DIAGNÓSTICO?

Vou abrir um parênteses aqui para conversar sobre a forma como os médicos nos informam sobre o diagnóstico. Parece que eles pensam que sabemos tudo sobre os problemas que nos afligem. No meu caso, o reumatologista uma vez confirmando, com a leitura do resultado nos diversos exames, a artrite, transcreveu os mesmos para minha ficha prescrevendo um monte de remédios.

Alertou-me para tomar remédios com leite ou alimento, porque poderiam dar algum mal-estar e que um deles precisava ser tomado com ácido fólico porque poderia dar problemas no fígado. Despachou-me com um “não suma, não, viu?”. Não comentei com ele o que já tinha lido esperando que ele me alertasse e me explicasse um pouco sobre a doença. Se não soubesse nada, sairia do consultório com menos informação ainda. Sei que muitos pacientes preferem ignorar mas acho que no mínimo, uma informação mais importante, como a necessidade de adesão ao tratamento e das possibilidades de restrição que a doença traz, precisariam ser esclarecidas. Se não, ficaria me perguntando: por que ele me disse para não sumir? Havia dito que precisava controlar o sangue mensalmente e já havia me dado a guia do exame para voltar com o resultado e ele pudesse avaliar o efeito dos remédios. Só isso. Para mim foi muito pouco. Queria mais, queria saber sobre riscos, possibilidades, esperanças.....Faltou o lado humano e psicológico naquele especialista, considerado por um dos médicos da equipe que cuida de meu marido, como um dos melhores na cidade, apesar do jeitão calado, fechado e reticente. Mas ao mesmo tempo me fico perguntando: se ele não me conhece, como vai falar sobre a gravidade da doença? Como reagirei? Qual minha capacidade de absorção desse conteúdo? Como vou lidar com as informações novas? Mesmo assim acho que é mais importante o esclarecimento do que a omissão. Por isso deixei o consultório desanimada pela falta do apoio daquele que, a partir de agora, eu veria mensalmente e que talvez me acompanhe para o resto da vida. Preferia que ele aprendesse a falar com jeitinho, informando ao paciente o que está acontecendo e como pode fazer para que os resultados sejam os melhores. Mas isso não se ensina nos cursos de Medicina nem na prática. Vai do sentimento do médico e da humanização que ele desenvolve ao longo de sua trajetória.

RELATÓRIO 10 - VOCÊ ESTÁ COM ARTRITE REUMATÓIDE MESMO!

VOCÊ ESTÁ COM ARTRITE REUMATÓIDE MESMO! - disse-me o reumatologista. 

Eu já sabia porque sempre leio os resultados de meus exames. Quero sempre saber de tudo o que me acontece, como e porquê. Tenho cabeça boa para aceitar mesmo os diagnósticos mais difíceis como este agora. Como fiz quando soube que meu marido tinha câncer. Mergulhei para estudar seu caso, que falaremos em outra ocasião. 

Tão logo surgiu a suspeita, comecei a ler na internet sobre a artrite. Embora muitos médicos não aprovem a socialização da informação, acho que um paciente bem informado tem mais chances de aderir ao tratamento por mais complicado que seja. Até a suspeita eu sabia levemente sobre artrite, o que,  acredito, a maioria saiba. 

ENTÃO VEM AS 
DESCONSTRUÇÕES DOS MITOS E CRENÇAS:


1) que é doença de velho (falso) e segundo que dói nos dias frios (verdadeiro). 

2) A gente sabe também que deforma alguns dedos. O mais é ignorado. 

Até que a gente tem alguém muito próximo ou nós mesmos sofrendo com o mal. Quando li em vários sites, até em inglês, sobre tudo relacionado à doença, fui consciente da necessidade de tratamento, de levar a sério, de me cuidar, para que as conseqüências não fossem as piores, como imobilização e invalidez total. 

Sabia também que cada caso é um caso. E que, nem por isso, podia vacilar com o meu, acreditando em milagres. Saí do consultório com uma lista de medicamentos nas mãos na esperança de que pudessem surtir efeito o mais rápido possível para meu alívio das dores e inchaços nas mãos principalmente, me ajudando a voltar à normalidade.

E passei a ficar assim por vários anos:

RELATÓRIO 9


Ah, vão me perguntar: por que não volta ao médium? E eu respondo: Acredito na cura espiritual sim. Mas sei também que Deus, em sua infinita Sabedoria, permite que tenhamos a medicina terrena para nos atender em situações que ela tem meios de fazê-lo.

Só fui no caso do neuroma 1 porque os médicos me disseram que teria que administrar o problema alternando períodos com antiinflamatórios e outros sem uso dos remédios. Assim tomaria uma semana remédios e descansaria 15 dias.

Fui fazendo esse procedimento, só que na ausência da medicação, a dor voltava intensa me impedindo de atender as tarefas. A cirurgia, no meu caso, não se aplicava. Já pensou como eu estava, morando em um hospital, com o marido entre a vida e a morte, exigindo cuidados diuturnos?

Em uma situação extrema, quando a medicina terrena não tem condições de resolver, a gente recorre à espiritual, o que também, não garante a cura, por inúmeras razões individuais: necessidade da prova, falta de mérito etc... Então, agora, fui primeiro recorrer ao Deus que existe nos médicos, porque cada um é abençoado com o conhecimento da Medicina para nos curar.

Às vezes não dá certo por deficiências ainda na própria Medicina ou porque as provas nossas se esgotaram e então, uma vez cumprida a tarefa na Terra, retornamos ao Plano Espiritual, já desprovidos deste corpo físico sujeito às vicissitudes de sua natureza.

É a forma como acredito e me dá entendimento para aceitar as adversidades sem esmorecimento. Acredito também que todos temos um Deus interno, uma essência divina que nos permite ao ser acionada, agir no sentido da cura, mas uma vez sujeita aos nossos valores e merecimentos.

Ou muitas vezes, recebemos uma espécie de moratória, para aproveitar o tempo restante nas ações do Bem e nas reflexões de natureza espiritual.




De minha parte, continuo em preces, pedindo antes de tudo que seja feito o melhor para mim, ainda que não seja a cura. Peço então forças para suportar e lidar com as situações advindas da doença. Compreendo a não-cura não como uma revolta de Deus, porque não o vejo como um ser antropomórfico, tão fragilizado quanto nós humanos.

Para mim, não há barganha com Deus, gritos, protestos nem posso agir para com Ele como ajo com as pessoas. Deus por sua Essência extraordinária, não pode ser um Deus que se submete aos meus caprichos, gritos e imposições, como a criança mimada que faz suas birras exigindo do pai o que quer. Não, meu Deus é de natureza Divina e sabe de todos os meus problemas.

Humildemente me coloco em prece, à Sua disposição, para que seja feita, como disse Jesus, a Sua vontade antes de tudo. Agradeço por tudo, até mesmo pela dor, se ela for instrumento do Pai para me transformar em uma criatura melhor para a Humanidade.

RELATÓRIO 8

Somente em outubro passado comecei a sentir o mesmo problema de dor e separação dos dedos só que desta vez no pé esquerdo. Enquanto fazia os exames para confirmar se era neuroma no outro pé, comecei a ter dores e rigidez também em alguns dedos das mãos que se alternavam. Ora doía 2 ora outros 3 ora 1 só. Quando voltei com o resultado do neuroma conversei com o ortopedista, sobre as dores das mãos e ele desconfiou, pelo quadro clínico, que poderia ser artrite. Fizemos várias chapas dos pés, mãos, coluna, para afastar qualquer possibilidade do problema ser ósseo. Uma vez confirmado que nada tinha nos ossos, ele me encaminhou para um reumatologista.
Estava em um processo de viagem quando ficaria nos próximos dois meses indo e voltando para casa, permanecendo por aqui somente 2 a 3 dias. Não consegui consulta porque vários reumatologistas estavam em Congresso no meu período na cidade. Entre indas e vindas, minha irmã no Rio, ia a um reumatologista. Como estava lá pedi que a médica me atendesse também. Ela foi muito atenciosa e com os dados que lhe forneci mas a avaliação dos inchaços, ela quase confirmou o diagnóstico, e para tanto eu teria que fazer vários exames de sangue específicos para identificar ou não a doença. Como eu já estava de volta 3 dias depois, resolvi fazer os exames em minha cidade. Só não consegui de novo consulta com algum reumatologista local para pegar as guias dos exames, já que a do Rio não atendia pelo meu convênio. Marquei somente para dia 15 de janeiro. Nesse período entre outubro e janeiro, as dores e os inchaços foram se intensificando a cada dia. Estava com muita limitação das atividades e precisei fazer várias adaptações para ir cumprindo minhas tarefas.
O segundo reumatologista também confirmou a possibilidade e fiz diversos exames de sangue que confirmaram, enfim, a artrite reumatóide. Como minha vida mudou desde então!!!!!!!

RELATÓRIO 7

Cheguei em casa e retomei as atividades. Eram 19h e ainda não tinha dado banho na neta nem o jantar. De repente comecei a sentir um torpor enorme que só deu tempo de avisar meu marido que estava sonolenta e precisava deitar. Só acordei às 21h. Fui ver como estavam todos, meio perdida com tanto sono. Meu filho já havia chegado e deu conta do recado com o pai e a filha. Comi alguma coisa e depois me deitei de novo achando que ia passar a noite em claro. Afinal, era surpreendente como estava dormindo. Só sei que dormi quase imediatamente voltando a acordar somente no domingo, dia seguinte. A dor ainda continuava, na segunda, na terça. Até que na quarta-feira seguinte acordei e para minha surpresa, quando pisei no chão ao levantar-me, fiz o gesto de uma maneira natural, já cuidadosa com medo do choque e da dor, e fiquei pasma!!!!! Não tinha dor!!!!!! Não tinha dor!!!!!! Não tinha dor!!!!!!

RELATÓRIO 6

Quando sai da tenda, após ser atendida, questão de segundos, me encontrei com alguns dos amigos lá fora que também já tinham sido atendidos. Um foi chamado para voltar mais 3 vezes. Outro para uma cirurgia espiritual. Outro para pegar os remédios especiais na farmácia da entidade. E eu: Eu simplesmente levei um leve safanão e um “ se não melhorar volte” Era demais. Me senti desprezada, minha auto-estima desceu no fundo do poço. Tive vontade de chorar de tristeza e abandono.
Mesmo assim tentei seguir a recomendação – descansar naquela noite e nos próximos 2 dias.
Dormi na casa de uma das amigas, irmã que mora em uma cidade próxima de Tupã. Estava preocupava porque sempre tenho dificuldades para dormir na casa dos outros. E ali a farra estava completa. Éramos, como disse, 13 pessoas mas os 4 da casa e o estridente cachorrinho. Espalhamos colchões pela casa e logo estava me acomodando para ler e descansar. Era em torno das 22h. Como durmo tarde, imaginei que ia ler muito. Não vi quando peguei no sono só sei que mal comecei a ler, apaguei. Só acordei às 9 da manhã, surpresa porque nem doente durmo tanto. Mas o mais interessante ainda vinha. As dores continuavam e tomei os remédios como sempre. Havia prometido ao meu marido voltar no dia seguinte. Preparei-me para pegar o ônibus das 13 00 que iria chegar em torno das 15 30 em minha cidade. Meu marido pediu para avisá-lo quando entrasse na fronteira da cidade para que se preparasse e fosse me buscar na rodoviária. Acomodei-me no ônibus imaginando como passar duas horas e meia na estrada já que não sou de dormir em ônibus de viagem também. Peguei umas revistas de notícias e meu discman. Preparei meu ritual de viagem, enchi meu “sleep well”, um travesseirinho inflável para acomodar a cabeça e comecei a ler enquanto ouvia minhas músicas. Depois não vi mais nada. Fui literalmente acordada tão logo o ônibus chegou na divisa da cidade, exatamente no ponto onde meu marido pedira para ligar. Peguei o celular e avisei-o ainda atordoada com o acontecido. Como podia ter dormido tanto? E a viagem inteira !!!!!!! Não vi um segundo passar.

RELATÓRIO 5

Surgiu então uma possibilidade de consultar um médium curador em Tupã. Aproveitei a desistência de uma pessoa que havia marcado a consulta mas não poderia ir. Minha amiga me ligou perguntando se queria aproveitar a chance. Aceitei na hora. Fui de carona com amigas, meio descrente. Assisti à preleção percebendo e analisando a multidão de sofredores, cada um carregando suas mazelas, muitas não aparentes como as minhas. Outros visivelmente abatidos buscavam cheios de esperança, um conforto, uma ajuda que fosse para que pudessem sofrer menos.

Fomos em um total de 13 pessoas em 3 carros, numa sexta-feira bem cedo, direto para o atendimento. A entidade incorporada, mal falava com o paciente. Não se podia dirigir-lhe a palavra. Os assistentes orientavam todo o grupo sobre o proceder e cada grupo de cerca de 12 pessoas era chamado, cada um levando um pequeno cartão onde se registrava o problema. Pra ser sincera, achei a entidade muito pedante. Era um médico indiano e o médium usava uma roupa branca e um turbante. Os assistentes o reverenciavam como um ídolo. Fiquei imaginando a falta de humildade do espírito que muitas vezes se irritava com algo que o contrariava. E os assistentes aproveitavam para reforçar, do lado de fora, os avisos para que os doentes procedessem da forma como ele exigia. Ah, ele também só tratava um problema de cada vez. Pensei – como fazer: resolvi dizer só CISTOS. Ali no cartão, ele leu e me perguntou onde. Falei pé, boca e cabeça. Ele com a mão direita em concha pressionou minha nuca contra sua barriga com força. Depois me disse que se não melhorasse voltasse lá. Confesso que achei hilário. Por isso afirmo que nesta hora minha fé não poderia ter me curado porque estava incomodada com o ritual de atendimento. Mesmo assim orei pelos que lá estavam, crianças, jovens e velhos todos tão ou certamente muito mais necessitados que eu. Conversei abertamente ali, com Deus, sem interferências nem hierarquias. Sem impor condições nem ameaçar Deus. Sem fazer barganha nem cobranças. Agi com minha fé raciocinada, confiante no poder maior e no grau de mérito de cada um. Pedi que, se fosse para o meu bem, que recebesse a cura. Se merecesse e se minha prova tivesse terminado que a ajuda viesse através daquele médico-espírito. Se não, que eu tivesse coragem para suportar as dores e limitações que os problemas me impunham. Pedi da mesma forma pelos outros doentes também. O clima espiritual favorecia a sintonia mental elevada. A carga energética superior era visível. Pedi muito também, pelo meu marido naquela época tão doente e debilitado que havia se recusado a ir comigo, por não aceitar esse tipo de tratamento. Expliquei-lhe que não tinha nada a perder. Por isso fui mesmo sozinha.

RELATÓRIO 4

Ah, nesse ínterim comecei a sentir também muita dor nos meus dentes inferiores, precisamente nos dois do meio que percebi também estarem se separando. Fui ao dentista e descobri que um cisto estava crescendo entre as raízes dos 2 dentes e também entre os dentes superiores frontais antes do canino. Fiz tratamento de canal dos 2 inferiores cuja aparência externa era plenamente normal. O dentista me pediu para aguardar a cicatrização do tratamento dos canais para fazer a cirurgia do superior. Fiquei de voltar um mês depois já que o segundo cisto era de acesso mais complicado e exigiria uma pequena e preocupante cirurgia. Nesse período fui tomando, de novo, antiinflamatório, dessa vez diclofenaco.

Na mesma época, comecei também a ter muita tonteira sem saber por quê. Fiz muitos exames (otorrino – vários) e depois de uma ressonância da coluna, o ortopedista identificou um cisto no ventrículo dentro da cabeça, causa provável da tontura. A demora entre todos esses procedimentos foi tanta que, quando saiu o resultado e quando consegui finalmente a consulta pelo convênio, com o neurologista, a tontura havia passado embora tenha durado mais de 3 meses.

Então lá estava eu com cisto na cabeça, nos dentes, no pé e sabe-se lá onde mais que ainda não tinha descoberto.

RELATÓRIO 3

Em abril de 2004 eis que surge uma nova dor. Queimava e avermelhava na parte superior do pé direito. Já não era o calcanhar. Era no peito do pé direito, junto dos dois dedos do meio, próximos ao mindinho. Caso insistisse em andar, a vermelhidão aumentava e a dor era intensa. Havia também uma espécie de inflamação no meio do pé, na lateral direita. A gente via a vermelhidão e o aquecimento da área. Levei um susto quando percebi que meus dedos, precisamente os 2 do meio citados, estavam se separando. Sem minha interferência parecia que algo forçava empurrando um pra cada lado. Exames revelaram um problema que nunca tinha ouvido falar neuroma de Morton ( o primeiro, no pé direito e o segundo, no esquerdo, recentemente). Muita reza, muita prece e muito antiinflamatório de novo. Desta vez Voltaren e Prexige (acho que o VIOXX já tinha ido pro espaço) e também o Arcoxia mais forte.


A dor era intensa e mais uma vez eu me arrastava. À época meu marido estava em um rigoroso tratamento de câncer e ficamos muitas vezes internados por períodos longos. E ainda ajudava a criar uma neta. Não podia ficar doente. Tudo dependia de mim. E os remédios aliviam bastante mas não eliminaram a causa. Ficava cerca de 4 dias com dor moderada com o uso do Prexige mas se deixasse de tomar a dor voltava com força total. Não podia continuar assim. Para os médicos o diagnóstico e tratamento eram os mesmos tocar a vida desse jeito, tomando remédio, descansando por um período, retomando o uso etc....

Relatório 2

Na verdade, acho que esse problema da artrite já vinha surgindo há algum tempo. Agora que sei dos sintomas revejo algumas situações onde identifico o início da doença:

Em 2001 tive uma dor que dava choque toda vez que pisava com o calcanhar do pé direito. Então, pode imaginar como andava. Forçando a esquerda e apoiando a ponta do pé direito porque o choque e a dor eram intensos se insistisse em articular normalmente. Depois de vários exames foi diagnosticado esporão de calcâneo.




Tomei muito antiinflamatório VIOXX principalmente. Um monte. Meses depois foi passando até sumir. De vez em quando dá um choquinho mas nada como daquela vez. Ah, usei também uma palmilha para calcanhar, de gel.


Acho que tenho o organismo resistente ao efeitos colaterais desses antiinflamatórios porque até agora não tive problemas apesar de estar há anos ingerindo, sob orientação médica, esclareço, os tais remédios.

inicio relatório sobre minha artrite reumatóide e seu tratamento

Fiz 59 anos em fevereiro mas desde outubro de 2008 comecei a sentir um incômodo nos 2º e 3º dedos dos pés. Um inchaço e vermelhidão sobre o pé na região da base desses dedos e uma espécie de “ovo” na sola do pé, como um sanduíche. Parece que algo estava no meio, por dentro, crescendo e doendo. O incômodo para andar e as dores me fizeram procurar logo um ortopedista. Feita a ressonância magnética, foi identificado um neuroma de Morton.


Quando fui levar o resultado para o médico me queixava de novas dores que haviam começado naqueles dias. Acordava com alguns dedos da mão esquerda doendo muito e meio rígidos. E para me poupar, doíam alternados. Com a água quente da torneira aliviava um pouco e começava a ter novamente movimento. Ao longo do dia ia melhorando. O diagnóstico veio preciso: Fátima, você está com sintomas de artrite. Vamos tirar algumas chapas para descartar problemas ósseos. Feitas na hora na clínica, mostraram que ali estava tudo ok. Encaminhou-me para um reumatologista pedindo que levasse esses resultados radiográficos.