quarta-feira, 17 de novembro de 2010

http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=Geral&idnoticia=20614

Saúde

Artrite Reumatoide: qual impacto?
Estudos apontam que entre 20% e 30% dos portadores de AR se tornam trabalhadores incapazes durante os três primeiros anos do seu aparecimento
 
 
A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, causada por uma disfunção do sistema imunológico do indivíduo. Prejudicial para os ossos e articulações dos seus portadores, a AR afeta diretamente a capacidade de trabalho, gerando impacto na economia do país. Estudos europeus indicam que entre 20% e 30% dos portadores de AR se tornam trabalhadores incapazes durante os três primeiros anos do aparecimento da doença¹.  Além disso, 66% das pessoas com AR perdem anualmente cerca de 40 dias de trabalho².
 “O aparecimento de sintomas da Artrite Reumatoide é geralmente lento. Uma ou várias articulações podem ser acometidas desde o início, sendo que a dor e o inchaço não melhoram com o repouso”, afirma Daniel Feldman Pollak, coordenador do setor de Artrite Reumatoide da Disciplina de Reumatologia do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
A doença atinge principalmente mulheres e aparece entre 20 e 50 anos de idade, levando seu portador a ter dificuldade em executar atividades básicas como vestir, andar, subir escadas e escovar os dentes.
Cerca de 450 milhões de pessoas sofrem de Artrite Reumatoide no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.  Os principais sintomas são: inchaço das articulações, dor articular persistente, perda de flexibilidade e amplitude no movimento, rigidez articular ao despertar, perda de peso, cansaço sem causa aparente, além de olhos e boca seca.
Suas causas não são totalmente conhecidas, no entanto, fatores genéticos e falhas no sistema imunológico podem influenciar o seu aparecimento.  Em geral, a AR começa nas articulações das mãos e dos pulsos de forma simétrica, isto é, muitas vezes, afeta as mesmas articulações de cada lado do corpo. Entretanto, essa doença é considerada sistêmica, alcançando outros órgãos do corpo e não apenas as articulações.
Não existe uma cura definitiva para Artrite Reumatoide, entretanto os tratamentos atuais conseguem manter, em geral, a doença sob controle. Para este fim, é importante realizar o diagnóstico precocemente e iniciar terapias avançadas, que incluem: desde mudanças no estilo de vida, o uso de medicamentos e até cirurgia para os casos mais graves. Vale ressaltar que apenas o médico pode indicar o melhor tratamento ao paciente.
Entre as opções farmacológicas, estão: 
- analgésicos
- anti-inflamatórios atuantes tanto na dor quanto na inflamação
- corticoides em baixas doses 
- medicamentos modificadores da Artrite Reumatoide (DMARD) para retardar o dano articular, que podem ser sintéticos ou os mais novos a agentes chamados de biológicos. (Informações da ascom/Pfizer)

http://artritereumatoide-e-eu.blogspot.com/2010/10/portugueses-descobrem-luz-no-combate.html

Portugueses descobrem «luz» no combate à artrite reumatóide

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram um trabalho que abre perspectivas ao tratamento

Uma equipe da universidade de Coimbra desenvolveu um trabalho que abre perspectivas ao tratamento da artrite 

reumatóide, uma doença crónica que afecta um por cento da população mundial.

«Esta descoberta vem abrir novas possibilidades terapêuticas para a artrite reumatóide, doença que permanece, até à data, incurável», refere uma nota de imprensa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, onde foi desenvolvida a investigação.
Em modelos de experimentação animal os investigadores verificaram que a neutralização de um tipo específico de células «do sistema imune, os linfócitos T CD8+ (um tipo de glóbulos brancos) melhora a inflamação crónica na artrite reumatoide».
«Os ratinhos sujeitos a este novo tratamento apresentaram melhorias significativas na inflamação das articulações uma semana após a administração de anticorpos que bloqueiam as células T CD8+», acrescenta.
A investigação já está centrada na análise de amostras de células colhidas de doentes, e no desenho de um fármaco que possa tratar a doença, revelou à agência Lusa a coordenadora da investigação, Margarida Souto-Carneiro.
Segundo a investigadora, esta doença, mais frequente entre as mulheres, afetará cerca de meio milhão de pessoas na União Europeia.

Casamento feliz pode diminuir dores da artrite

Casamento feliz pode diminuir dores da artrite

Nesses casos, estado da saúde depende diretamente da qualidade da união, dizem pesquisadores

Artrite reumatóide
(Comstock/Thinkstock)
A ciência já havia constatado que um casamento feliz pode reduzir os níveis de ansiedade, evitar a depressão e aumentar a sobrevida de pacientes com câncer. Agora, outra descoberta científica engrossa a lista de benefícios à saúde provenientes da união bem-sucedida. De acordo com pesquisadores da Johns Hopkins University, no Estados Unidos, o casamento emocionalmente equilibrado é também responsável por diminuir as dores causadas pela artrite reumatóide, uma inflamação nas articulações.
Segundo a pesquisa, publicada no periódico Journal of Pain, os pacientes que recebem apoio de seus parceiros apresentam mais mobilidade do que os solteiros ou as pessoas que vivem um relacionado instável. A equipe médica acredita que isso aconteça porque a estabilidade emocional pode ter influência direta sobre as sensações físicas de dor. "Nesses casos, o estado da saúde depende diretamente da qualidade do casamento. Contudo, não importa somente ser casado, se essa relação não for feliz", diz Jennifer Barsky Reese, médica líder do estudo.
Durante a pesquisa, foram avaliados 255 indivíduos com a doença, dos quais 144 afirmaram viver um casamento feliz – outros 44 estavam em relacionamentos problemáticos. As dores se mostraram mais amenas nos pacientes casados e felizes, mas os médicos não conseguiram determinar exatamente o quanto e por que essa situação pode ser benéfica. Eles ainda descobriram que aqueles pacientes que sentiam dores severas tinham mais tendência a terem problemas conjugais.
Diagnóstico - A artrite reumatoide é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico danifica as articulações, causando rigidez, dor e inchaço. As regiões mais atingidas são o punho, os dedos, os dedos do pé, o tornozelo e o joelho. Em casos severos, o paciente pode perder a mobilidade do membro

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CARTAS CONSOLADORAS

Eu tenho há 2 anos e tive 5 meses no ano passado de dor intensa, fiquei de cama com a ajuda de terceiros e pensei que não me levantaria mais. Foi uma forte injeção de cortisona que me levantou e fez o milagre.

Depois de 4 meses as dores recomeçaram lentamente. Dois meses depois tomei outra dose. Passei 2 meses tranquila. Depois retornaram bem lentamente novamente.

Nesse período eu ainda tomava 3mg de deflazacorte, que segundo minha médica, é o menos agressivo. Para ela a predinisona é mais tóxica. E eu tomei a tal de janeiro a maio - quando troquei de médico.

Graças a Deus não voltou à intensidade como no ano passado. E dá pra eu sair, dirigir, andar moderadamente (a dor maior e nas mãos e pulsos). 

O alívio temporário cobrou seu preço. Vi passar da osteopenia para a osteoporose e ter aumentada a glicose, obrigando-me a tomar Glifage (para prevenção da diabetes).

Então, como disse, a vacina não diminuiu minhas dores. Continuo tomando a cortisona (mês passado ela aumentou para 6mg porque a mão direita estava bem inchada e com as articulações dos dedos avermelhadas e doloridas, acusando inflamação.

Como a doença é considerada incurável, apesar do Dr. Genésio garantir a cura, temos esperança que com o tempo, a gente consiga uma melhora mais aparente. Ou que pelo menos, dê um tempo para as imobilizações.

Desejo ao seu pai muita coragem e fé, para entender a doença e aprender a conviver com ela.
E que a família tenha em consideração o quanto a doença é dolorosa e que possa ajudar a minimizar o sofrimento.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

proteína produzida pelo corpo em casos de artrite reumatóide pode ajudar a combater o surgimento do Alzheimer

Proteína da artrite pode proteger contra Alzheimer, diz estudo

Pesquisadores querem agora testar uma versão sintética da proteína em pessoas com a doença.

23 de agosto de 2010 | 7h 09




Uma pesquisa feita por cientistas americanos afirma que uma proteína produzida pelo corpo em casos de artrite reumatóide pode ajudar a combater o surgimento do Alzheimer.
No estudo, publicado na revista científica Journal of Alzheimer's Research, camundongos que receberam a proteína GM-CSF tiveram desempenho melhor em testes de laboratório envolvendo a memória.
A proteína GM-CSF é uma das substâncias produzidas pelo sistema imunológico em pessoas com artrite reumatóide. Uma versão sintética da proteína já é usada atualmente em tratamentos contra o câncer.
Uma pesquisa já havia identificado que pessoas com artrite reumatóide têm menos tendência a desenvolver o Alzheimer. No entanto, se acreditava que isso acontecia devido ao uso de antiinflamatórios não-esteroides (AINEs).
'Catadores de lixo'
O novo estudo contesta esta tese. Na pesquisa, os cientistas da University of South Florida usaram camundongos geneticamente alterados, com problemas de memória semelhantes ao dos pacientes com Alzheimer.
Os camundongos receberam tratamento com a proteína. Outros ratos receberam um tratamento com placebo, sem efeito algum.
Ao final de 20 dias de pesquisa, os animais que receberam GM-CSF tiveram desempenho consideravelmente melhor em testes de memória e aprendizagem. Camundongos que receberam o placebo não tiveram mudança no seu desempenho.
Os pesquisadores acreditam que a proteína ajuda a formar células especiais - chamadas de microglias - no sangue ao redor do cérebro. Estas células seriam responsáveis pelo combate a placas comumente encontradas em pessoas com Alzheimer.
As microglias funcionam como "catadores de lixo", indo a áreas inflamadas ou danificadas e retirando todas as substâncias tóxicas.
Os cérebros dos camundongos tratados com a proteína GM-CSF tiveram 50% a menos de beta-amiloide, uma substância que forma as placas características do Alzheimer.
Os pesquisadores também observaram um aumento nas conexões das células nervosas do cérebro nos camundongos tratados com GM-CSF, o que poderia explicar o bom desempenho deles nos testes.
Testes com pessoas
O pesquisador Huntington Potter, que liderou a pesquisa, afirma que as conclusões do estudo trazem uma "explicação convincente" sobre por que pessoas com artrite reumatóide têm risco menor de desenvolver Alzheimer.
A leukine, uma versão sintética da proteína usada atualmente em tratamentos contra o câncer, já foi aprovada pela autoridade de saúde americana. Os cientistas defendem agora que a substância seja testada também contra o Alzheimer.
"Nosso estudo e o histórico seguro do remédio sugerem que a leukine deveria ser usada em testes em pessoas como tratamento potencial contra o Alzheimer", afirma Potter.
Especialistas britânicos, que também estudam a doença, afirmam que a experiência é "um passo importante" na pesquisa sobre Alzheimer. No entanto, eles afirmam que é preciso testar se o método funciona em pessoas.
"Resultados positivos em camundongos são o primeiro passo importante em qualquer tratamento novo. É animador ver que a equipe já está planejando o próximo passo crucial, que é o teste com pessoas", afirmou Simon Ridley, diretor de pesquisa da fundação britânica Alzheimer's Research Trust.
Para Susanne Sorensen, da Sociedade de Alzheimer da Grã-Bretanha, o estudo pode ajudar a responder algumas questões que há muito tempo intrigam os cientistas. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

sábado, 10 de julho de 2010

NOVOS CAMINHOS DA MINHA ARTRITE

Já faz um ano e sete meses que recebi a confirmação e iniciei o tratamento da artrite reumatóide. Tive meses de intensa dor (poliartrite) que só passaram com alta dose de cortisona. A cara embolachada destoava do corpo magro. Desde maio minha reumato foi reduzindo lentamente a cortisona. Estou tomando só 3mg de Calcort. A dor e o inchaço voltaram fortes mas somente na mão esquerda. Tive em maio uma preocupação porque ao auscultar meu pulmão ela encontrou chiado nos 2 pulmões inteiros sem que eu tivesse quadro clínico para corresponder. Pediu uma radiografia mas estava tudo bem. 


O exame do campo visual e a retinografia também apresentaram problemas. Supomos que fosse da cloroquina. O oftalmo descartou e atribuiu a alteração à idade. Mesmo assim, pediu para que eu repita o exame em agosto. 

A melhor coisa que fiz foi conseguir trocar de reumato. Fazer consultas com o Dr. Genésio, à distância, fica difícil. Então, como não posso deixar de tomar os remédios porque os efeitos estão à vista (inchaço, dor), preciso ir ao reumato pelo menos a cada 3 meses.

O corticóide elevou minha pressão, minha glicose e precisei fazer um maior controle na dieta e nos exercícios.

Mas como dizia, a mudança de reumato foi não só necessária mas compulsória.

Quando a artrite me apareceu não conseguia marcar consulta com os 4 únicos reumatos que atendem meu convênio, a UNIMED.

Um estava doente, outro com muitos pacientes, outro saindo da UNIMED. Sobrou apenas um que atendia muita gente até aos sábados mas me colocou na sua lista.

Já de cara ao entrar no consultório, não gostei do jeito dele. Mal levantou a cabeça e me olhou levantando os olhos como alguém tímido e envergonhado. Na verdade, indiferente. Perguntou os dados pessoais e o que me levou à consulta. Mostrei os dedos inchados e as radiografias que o ortopedista tirou encaminhando para um reumato.

Simplesmente pegou meus dedos, apertou e disse: é, parece que é artrite reumatóide. Depois escreveu várias coisas e me deu uma receita cheia de remédios e outro pedido de exame de sangue e mais um que o convênio não cobre para ter certeza mesmo que era AR.

E me despachou. Eu mesma me levantei e abri a porta quando ouvi-o dizer: não foge não, hein!

Voltei com os resultados dos exames que confirmavam a AR. Ele só me mandou continuar com os remédios e me deu novos pedidos de exame para levar um mês depois.

Como já ia me despachar - mudo e com o olhar desconfiado de sempre - teve que me ouvir.

Disse-lhe que não tinha me sentido bem com a consulta porque esperava que ele interagisse mais com o paciente. Que ele não tinha me dito nada sobre a doença nem da importância da medicação e dos exames. Mudo fazia a análise das mãos, tirava a pressão, auscultava o pulmão e mudo sentava para prescrever os remédios e os exames. 

Ele virou-se e perguntou: o que a senhora quer saber? Ora, o que um paciente quer saber? Se é grave, se tem cura, qual o estágio, como é a evolução. Por que precisa fazer tantos exames? E tomar tantos remédios?

A senhora já sabe alguma coisa? Sim, respondi. Mas achava que quem tinha que me informar era o senhor, como meu médico. Sendo uma doença que exige contato frequente com o médico, nada mais justo que eu saiba o que está acontecendo comigo. Comentei que tinha lido na internet várias coisas. Ele então encerrou dizendo: então por que está me perguntando?

Mas de um jeito tão seco. Sai da consulta triste e amargurada. Carregar uma doença como a AR e ainda ter que ficar refém de um médico nada acolhedor é dose.

Tentei mais uma vez os outros médicos. Nada. Fiquei com ele 14 meses. Cada vez que saia da consulta lamentava não ter seu apoio. Uma secura e seriedade só. 

Comentei com um dos médicos da equipe de hematologia que cuidou do câncer do meu marido e ele me disse que era assim até com os colegas. Mas que era um bom profissional. 

A gota d'água fez a indignidade transbordar quando passei 3 meses sem aparecer. Tinha viajado para o exterior por 2 meses e na volta fui direto para o Rio resolver problemas da família. Aí veio Natal, Ano Novo. Só quando voltei pra casa em minha cidade fui marcar nova consulta.  

Enquanto isso, no Rio, fiz uma consulta para acompanhamento com o médico de minha irmã que trata a artrose. Ele olhou meus exames, conversou muito comigo, foi de uma atenção extrema.
Mas não posso ter um médico no Rio. Quando contei a ele que tinha ido a outro reumato ele vociferou. Primeiro já tinha estourado quando entrei. Logo foi falando sem esperar que eu me justificasse:
- Se é pra sumir todo esse tempo eu não vou tratá-la. Simplesmente disse assim que me viu que não queria tratar de paciente que aparecia quando quer. 
Poderia ter me perguntado o que tinha havido, ouvir meu lado sem inferir antecipadamente que eu sumi porque quis. 

Tentei explicar a viagem, a ausência necessária, a consulta, e que eu tinha tomado todos os remédios direitinho nesse período. Ele não queria saber. Então, disse-lhe firme mas com uma vontade enorme de chorar: Doutor, eu preciso de um reumato aqui na cidade onde moro. Mas ele precisa entender que eu viajo muito e não poderei atender seu cronograma sempre. Se o senhor quiser ser meu médico tudo bem mas terá que ser assim. Ele me deu os pedidos de exames e perguntou se eu tinha tomado um dos remédios como mandou. Quando fui explicar ele me cortou, ríspido: tomou ou não tomou? 

-Tomei - respondi, quieta, recolhendo o material na mesa. Levantei-me imediatamente, despedi-me com um seco e sério boa tarde, agradeci e saí, segurando as lágrimas. Como pode um médico que atende um paciente com uma doença tão séria tratar a gente desse jeito? Em direção ao carro tomei a decisão de nunca mais voltar àquele médico. 

Em casa, contei ao meu marido que já sabia da minha insatisfação desde o início e me estimulou a ir, se preciso fosse, fazer a consulta em São Paulo, a 100km de nossa cidade. 

Mas naquela semana, tentando mais uma vez falar com os outros dois médicos, tive uma outra decepção. Cansada do telefone de um deles só dar ocupado, resolvi ir pessoalmente para explicar minha necessidade. A recepcionista disse que não podia deixar o telefone eternamente no gancho porque senão não fazia mais nada, então ela tira o telefone do gancho, por isso só dá ocupado.  

Quando falei que tinha AR e que precisava fazer uma consulta com o doutor ela simples e grosseiramente foi me descartando:
- Ih, o doutor não pega mais nenhum paciente. Tá com a quota completa.

Insisti se podia ficar em uma fila de espera. Ela repetiu com a cara fechada:

-A fila de espera já tem 12 e não vou por mais ninguém. A senhora não entendeu o que eu disse? Ele não vai pegar nenhum paciente novo mais.

Parecia um leão-de-chácara barrando-me à entrada de algum lugar importante, como se eu é que estivesse sendo inconveniente.

Senti-me ali, uma formiguinha, humilhada, desprezada percebendo a falta de compaixão de uma pessoa que, na posição que ocupa, poderia ser mais branda, mais atenciosa, sabendo que o paciente não quer ser tratado como vítima mas também não precisa ser tão mal-educada. Afinal, eu não a tratei mal. Falo baixo, com jeitinho, educadamente. Quando a pessoa se desequilibra, limito-me a olhar com pena para ela e para não entrar na mesma sintonia, saio do local. Talvez se eu fosse daquelas estúpidas, que rodasse a baiana, começasse a falar alto, gritando, reclamando, eles fossem mais cuidadosos no trato. Mas não sei ser assim e não acho bom ser assim. Se alguém tiver que magoar que seja o outro e não eu. Prefiro ter a consciência tranquila de ter feito minha parte. Às vezes a pessoa está passando por um problema até maior que o meu e não sabe administrar. Aí descarrega a tensão no primeiro que aparece. E no caso, fui eu.

Pensei então em escrever uma carta para o médico e mandar pelo correio. Ela não poderia interceptar uma correspondência endereçada a ele. Quem sabe ele seria mais sensato, até pra dizer não?

Mas resolvi tentar a médica que estava de licença. Ai, meu Deus, não é que a secretária atendeu???? Ela voltou? - perguntei. Sim, mas está atendendo poucos pacientes. Implorei para marcar uma consulta pelo menos, para ter uma segunda opinião.  CONSEGUI!  CONSEGUI!!!!!!!

No dia, carreguei uma bolsa com todos os exames de sangue, chapas, receitas dos medicamentos desde o início e lá fui para a consulta.

Quando entrei logo expliquei a história acima de forma resumida. Pedi desculpas por estar falando de um colega dela mas precisava justificar minha atitude. Ela me consolou dizendo que aquele médico era assim até mesmo com ela. Nos congressos mantém-se distante. 


Fiquei duas horas na consulta. Explicou-me tudo, viu todos os meus exames, analisou, avaliou e saí de lá com uma satisfação incrível. Finalmente teria uma companheira, em quem pudesse confiar. 


Na sala de espera já encontrei outros pacientes oriundos também do mesmo médico que me tratou mal. Estavam lá pelas mesmas razões. Uma delas ainda completou dizendo que levantou-se enérgica e lhe disse, recolhendo seu material
- Sou uma mulher de 50 anos e não permito que o senhor se dirija a mim desse jeito. E saiu em passos firmes para não mais voltar.


Há médicos que precisam muitas vezes passar a ser pacientes para enfim entender o que é estar do outro lado, fragilizado pelo futuro incerto diante de uma doença cuja estrada será dolorosa e aflita.


Quando puderem, leiam o livro do pesquisador e neuropsiquiatra francês David Servan-Schreiber, que passou de médico a paciente e sentiu na pele o quanto influi a atitude do médico em relação ao paciente: 


Livro: “Anticâncer – Prevenir e Vencer Usando Nossas Defesas Naturais”. Serve também para qualquer pessoa. Lá ele conta sua própria experiência.

 Vejam o resumo:

Um exame de ressonância magnética. Um tumor no cérebro, seis meses de sobrevida. Esse foi o diagnóstico e o prognóstico que o pesquisador e neuropsiquiatra francês David Servan-Schreiber recebeu, atônico, numa tarde ensolarada. Disposto a conhecer a fundo os processos da enfermidade para então derrotá-la, desenvolveu todo um trabalho de experimentação associando medicina tradicional a uma alimentação pensada e saudável. Após quinze anos e a superação de um segundo tumor, compartilha conosco sua experiência pessoal neste livro.

Ele mesmo era médico oncologista e dava aulas na Faculdade de Medicina. De cara podia diagnosticar precisamente sua condição. Mas foi buscar o tratamento com colegas em quem ele confiava. Aí vem a constatação da doença: de médico a paciente, aprendeu o que é estar doente e não sentir o apoio, a compreensão daquele de quem esperava muito não na orientação porque ela sabia de cor o caminho das pedras. Precisava de apoio e sentiu-se abandonado.

E para pensar:


Boas reflexões!


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Labrador avisa menina diabética quando taxa de açúcar se altera

Publico aqui esta matéria para que nos consolemos com nossas doenças. São tantas doenças e tantas pessoas doentes que a gente aprende a aceitar a nossa forma de adoecer, pedindo coragem a Deus para passar pelas provas que a doença e o tratamento nos trazem não só para nós mas também para todos os que neste mundo estejam passando por dores e aflições de qualquer natureza.  Nossa doença não tem cura, mas tem tratamento. Suavizar a dor é divino.

Cadela Shirley já evitou que a britânica Rebecca Farrar, de 6 anos, entrasse em colapso por queda do nível de açúcar no sangue.

BBC
A cadela Shirley e a menina Rebecca.A cadela Shirley e a menina Rebecca. (Foto: BBC)
Um cão labrador treinado para detectar a queda do nível de açúcar no sangue de seres humanos vem ajudando uma menina britânica de seis anos a evitar entrar em coma por causa de diabetes.
A cadela Shirley é um dos dez cães treinados pela entidade beneficente Cancer & Bio-detection para alertar diabéticos quando sua condição se deteriora e mora há quatro meses com a pequena Rebecca Farrar, que tem diabetes tipo 1.
"Ela salva a minha vida", diz Rebecca, que é a primeira criança a receber um cachorro para detectar sua doença. "Ela é minha melhor amiga."


Shirley é capaz de sentir uma mudança de odor exalado pelo corpo de Rebecca quando sua taxa de açúcar cai ou sobe a níveis alarmantes.
O cheiro não é detectado por seres humanos e é um sinal emitido pelo corpo antes de outros mais aparentes, como palidez.
Ela então começa a lamber os braços e as pernas da menina para alertá-la. Dessa forma, a menina ou sua mãe têm condições de tomar providências para evitar um colapso.

Rebecca e a cadela Shirley.Rebecca e a cadela Shirley. (Foto: BBC)
"Shirley percebe (a queda no nível de açúcar) bem rapidamente e começa a lamber as mãos e pernas de Rebecca até ela tomar uma Coca-cola ou ingerir açúcar, que elevam seus níveis de açúcar novamente. Quando a taxa está muito alta, Shirley também sente e dá o alerta", explica a mãe de Rebecca, Claire.
A mãe lembra de um episódio em que ninguém percebeu que a taxa de açúcar de Rebecca estava caindo até Shirley dar o precioso alerta.
"Nós não tínhamos ideia de que ela estava com a taxa de açúcar baixa. Ela estava dançando em um clube com seu irmão-gêmeo, Joseph, e quando os dois voltaram à mesa para tomar algo, Shirley começou a lamber as mãos de Rebecca. O kit de primeiros-socorros estava embaixo da mesa e Shirley foi até lá e pegou um exame de nível de açúcar", conta Claire.
"Ela deu o exame a Rebecca e começamos a desconfiar que tinha algo de errado. Fizemos o teste, e o nível estava bem baixo. Se eu não tivesse Shirley, Rebecca teria entrado em colapso. E quando isso ocorre, ela entra em um sono tão profundo que se tentamos colocar açúcar em sua boca, ela engasga."
A presença de Shirley na casa também tornou a vida de toda família mais fácil.
"Ela tinha um colapso a cada dois dias. Às vezes eu a socorria apenas pouco antes de ela entrar em um colapso muito sério, outras vezes eu tinha de chamar a ambulância", conta Claire.
"Mas agora temos Shirley e ela detecta a queda no nível de açúcar antes de Rebecca perceber o problema."
Claire conta que também consegue ter noites de sono mais tranquilas, sem medo de a filha ter algum problema durante a noite, como ocorria antes de Shirley dormir ao lado da cama de Rebecca.
A entidade beneficente que deu Shirley à família treina cachorros para detectar todo tipo de doença, incluindo câncer.
"O que nós descobrimos nos últimos cinco anos é que cães são capazes de detectar doenças humanas pelo odor. Quando a nossa saúde altera, temos uma pequena alteração no odor do corpo. Para nós é uma mudança mínima, mas para o cachorro é fácil de notar", diz ClaireGuest, da organização Cancer & Bio-detection.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Canela auxilia o tratamento do diabetes tipo II


Canela auxilia o tratamento do diabetes tipo II


http://gaad-amigosdiabeticos.blogspot.com/2009/07/canela-auxilia-o-tratamento-do-diabetes.html

http://4.bp.blogspot.com/_rzCW8qgvb2E/SXkS6weNyTI/AAAAAAAABOM/scxvVD41yts/s400/canela_80.jpg


A Canela, especiaria aromatizante e exótica, pode ajudar no tratamento e prevenção do diabetes, é o que diz estudo realizado pela Universidade Tecnológica da Malásia.
Uma substância encontrada no extrato de canela, o polifenol MHCP, reproduziria a ação da insulina nas células, auxiliando na redução dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, o que tornaria o condimento uma grande aliada no controle do diabetes do tipo 2.

De acordo com a nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella, no diabetes tipo 2 existe a produção de insulina, mas a quantidade não é o suficiente para absorver a glicose do sangue. "Por isso o controle da ingestão de açúcar é tão importante", diz Roberta.

O pesquisador explica que a ação direta da especiaria no funcionamento do hormônio facilitaria o tratamento da doença. Foram testados portadores de diabetes tipo 2, que consumiram meia colher (chá) de extrato de canela por dia, durante três anos. 



No geral, todos os pacientes apresentaram uma redução dos níveis de açúcar no sangue e melhora dos sintomas da doença

Efeito da canela na glicemia pós-prandial


Efeito da canela na glicemia pós-prandial


http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/nutricao-e-ciencia/1017-efeito-da-canela-na-glicemia-pos-prandial-esvaziamento-gastrico-e-saciedade-em-pessoas-saudaveis

A incidência do Diabetes tipo 2 vem crescendo rapidamente. Mudanças na dieta ajudam a prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e a controlar a glicose sanguínea. Ervas e especiarias também podem ser usadas para controlar a glicose sanguínea.


Canela




Canela, louro, cravo, noz moscada, avelã, orégano, chá preto e verde, tem sido mostrados como tendo uma atividade biológica “insulin-like”. Dessas substâncias, a canela tem aparecido como a que tem a maior atividade “insulin-like”. 



Um polímero  polifenol tipo 1 solúvel  em água tem sido isolado e mostrado in vitro como tendo atividade “insulin like”, assim como efeito antioxidante . 


A canela tem demonstrado reduzir a glicose sanguínea, triglicerídios e colesterol  LDL  e total em pacientes com diabetes tipo 2, quando adicionada à dieta de 40 dias em doses de 1, 3 ou 6 gramas. (...)


O presente estudo mostrou que a presença de canela numa refeição semi sólida reduz a resposta da  glicose pós prandial em sujeitos saudáveis e que a causa dessa redução pode ser em parte pelo retardo do esvaziamento gástrico.

Khan e colaboradores mostraram  que a  suplementação de  relativamente pequenas quantidades de canela em pó (1 g/d)reduziu a glicemia em jejum e melhorou o perfil lipídico em pacientes na pós menopausa com Diabetes tipo 2. (...)



Não há recomendações de ingestão de ervas, mas a canela é um alimento promissor, rico em polifenóis, de sabor agradável, de baixo custo e de fácil uso, podendo ser utilizada para melhorar o sabor de diversas preparações. 



terça-feira, 30 de março de 2010

AACD busca voluntários para dois novos estudos (artrite juvenil sistêmica e lúpus eritematoso sistêmico)



As pesquisas serão sobre a eficácia de dois novos medicamentos, um deles no tratamento de artrite juvenil sistêmica e o outro, no de lúpus eritematoso sistêmico.

Podem inscrever-se pacientes de 4 a 16 anos de idade, no caso da artrite, e maiores de 16 anos, no caso do lúpus, cuja enfermidade não tenha sido controlada com o uso dos medicamentos convencionais.

O Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital Abreu Sodré, da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), na capital paulista, procura voluntários de todo o Brasil para participar de estudos sobre a eficácia de dois novos medicamentos: um no tratamento de artrite juvenil sistêmica e o outro no de lúpus eritematoso sistêmico. Os remédios foram testados em outros centros de pesquisa mundo afora, apresentaram bons resultados e já estão em uso. Interessados podem se inscrever e marcar a consulta de avaliação com Malu ou Naiane pelo telefone (011) 5576-0788, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. A inscrição para participar do grupo de pesquisa é gratuita.

No caso do tratamento da artrite, podem se inscrever pacientes de 4 a 16 anos de idade que estão com a doença ativa, ou seja, não tenha sido controlada com o uso dos medicamentos convencionais. Já no caso do tratamento do lúpus podem se inscrever pacientes maiores de 16 anos de idade cujo tratamento com os remédios tradicionais também não tenha tido sucesso.

A pesquisa sobre lúpus é exclusiva da AACD. A da artrite será feita também, pelo respectivo Departamento de Reumatologia, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre; na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro; e na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Interessados podem se informar em cada uma dessas entidades e se inscrever para a avaliação. Os estudos, em todos os casos, duram dois anos. Os participantes precisam ter condições de comparecer em cada local, claro, para a consulta inicial e uma vez por mês para uma avaliação dos resultados.

No momento da consulta, os pacientes deverão estar com um documento original, que pode ser a Carteira de Identidade ou a Certidão de Nascimento, e também com a Carteira de Identidade do responsável. Deverão apresentar, ainda, uma carta de encaminhamento do médico que acompanha o paciente com o histórico de progressão da doença.


A artrite juvenil sistêmica é uma doença auto-imune, ou seja, em que o organismo produz substâncias chamadas citocinas que agridem e inflamam as articulações sobretudo das mãos e dos joelhos. Ainda não se sabe por que isso ocorre; acredita-se que se deva a micro-organismos como vírus e bactérias desconhecidos. Em geral manifesta-se a partir dos 5 anos em 0,1% das crianças em todo o mundo. Se não for controlada logo, em pouco tempo a enfermidade destroi as articulações. O portador perde a capacidade de movimentá-las. A única alternativa, então, é colocar uma prótese.

O lúpus eritematoso sistêmico também é uma doença auto-imune. Ele se caracteriza por um processo inflamatório crônico que atinge a pele, as articulações e órgãos internos como rins, pulmões, coração e sistema nervoso. Ocorre em 0,2% a 0,3% da população. Em geral aparece da segunda até a quarta ou quinta décadas de vida - mais ou menos dos 11 aos 50 anos. Manifesta-se em todas as raças, porém nos negros costuma ser mais agressivo. Não se conhece a causa da doença; sabe-se, contudo, que pode ser desencadeada pela exposição excessiva ao sol, pelo estresse, pelo frio e por infecções.


* Morton A. Scheinberg, médico clínico geral e reumatologista na capital paulista, é diretor científico do Hospital Abreu Sodré, da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). E-mail: morton@osite.com.br

domingo, 28 de março de 2010

TER A DOENÇA E NÃO SER DOENTE

EXISTE UMA GRANDE DIFERENÇA ENTRE TER UMA DOENÇA E SER DOENTE.

MEU MARIDO E EU OPTAMOS POR ESTAR DOENTES MAS NÃO SER DOENTES.


OS REMÉDIOS NOS AJUDAM A CONTROLAR A DOR E OS EFEITOS COLATERAIS.


TEMOS MUITA FÉ, OTIMISMO, ALEGRIA DE VIVER.


A DOENÇA É UM ACIDENTE DE PERCURSO. TEM SUAS RAZÕES.


ACEITAMOS SEM REVOLTA, LAMENTAÇÃO e DESÂNIMO... SEMPRE PROCURANDO VER O LADO BOM DAS COISAS.


POR ISSO ESPALHAMOS ESPERANÇA MESMO COM DOENÇAS GRAVES E DEBILITANTES.


CORTISONADA ACABEI PARECENDO REJUVENESCER PORQUE AS RUGAS SE ESTICARAM SEM BOTOX.


Olha eu aqui sem cortisona e abaixo, com cortisona. Ainda bem que só o rosto e o pescoço ficaram inchados. Vejo sempre o lado melhor.


Alguns pensam que engordei mas estranham porque o corpo continua o mesmo.




Mas essa mudança de aparência não me abateu também. Se eu ficar chateada não vai adiantar nada. Ficarei mais ainda porque tristeza faz mal.


Sou do seguinte lema:


Então vamos sempre sorrir apesar das dores e limitações




PROCURO SEMPRE SORRIR, LEVAR UMA MENSAGEM DE OTIMISMO, ESPERANÇA E FÉ DIANTE DA DOR DO SEMELHANTE QUE ACREDITEM, NÃO É MAIOR DO QUE A NOSSA.


PROCURAMOS NOS OCUPAR FAZENDO TRABALHOS VOLUNTÁRIOS, DANDO FORÇAS A OUTRAS PESSOAS AFLITAS E DESESPERANÇADAS.


NÃO PENSEM QUE AS DORES NÃO ESTÃO PRESENTES. OS REMÉDIOS REDUZEM UM POUCO E QUANDO AUMENTAM, A GENTE DIMINUI O RITMO. 


MELHORANDO, VOLTAMOS À ATIVA, DANDO O MELHOR DE NÓS PARA NOSSO PRÓXIMO.


ESPERO QUE NOSSO EXEMPLO ENCHA VOCÊS DE CORAGEM E DETERMINAÇÃO PARA NÃO SE DEIXAREM ABATER PELA DOENÇA.


A GENTE NÃO PODE VENCÊ-LA, ELIMINÁ-LA, MAS PODE APRENDER A VIVER COM ELA.


MUITA PAZ!
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