domingo, 14 de junho de 2009

RELATÓRIO 9


Ah, vão me perguntar: por que não volta ao médium? E eu respondo: Acredito na cura espiritual sim. Mas sei também que Deus, em sua infinita Sabedoria, permite que tenhamos a medicina terrena para nos atender em situações que ela tem meios de fazê-lo.

Só fui no caso do neuroma 1 porque os médicos me disseram que teria que administrar o problema alternando períodos com antiinflamatórios e outros sem uso dos remédios. Assim tomaria uma semana remédios e descansaria 15 dias.

Fui fazendo esse procedimento, só que na ausência da medicação, a dor voltava intensa me impedindo de atender as tarefas. A cirurgia, no meu caso, não se aplicava. Já pensou como eu estava, morando em um hospital, com o marido entre a vida e a morte, exigindo cuidados diuturnos?

Em uma situação extrema, quando a medicina terrena não tem condições de resolver, a gente recorre à espiritual, o que também, não garante a cura, por inúmeras razões individuais: necessidade da prova, falta de mérito etc... Então, agora, fui primeiro recorrer ao Deus que existe nos médicos, porque cada um é abençoado com o conhecimento da Medicina para nos curar.

Às vezes não dá certo por deficiências ainda na própria Medicina ou porque as provas nossas se esgotaram e então, uma vez cumprida a tarefa na Terra, retornamos ao Plano Espiritual, já desprovidos deste corpo físico sujeito às vicissitudes de sua natureza.

É a forma como acredito e me dá entendimento para aceitar as adversidades sem esmorecimento. Acredito também que todos temos um Deus interno, uma essência divina que nos permite ao ser acionada, agir no sentido da cura, mas uma vez sujeita aos nossos valores e merecimentos.

Ou muitas vezes, recebemos uma espécie de moratória, para aproveitar o tempo restante nas ações do Bem e nas reflexões de natureza espiritual.




De minha parte, continuo em preces, pedindo antes de tudo que seja feito o melhor para mim, ainda que não seja a cura. Peço então forças para suportar e lidar com as situações advindas da doença. Compreendo a não-cura não como uma revolta de Deus, porque não o vejo como um ser antropomórfico, tão fragilizado quanto nós humanos.

Para mim, não há barganha com Deus, gritos, protestos nem posso agir para com Ele como ajo com as pessoas. Deus por sua Essência extraordinária, não pode ser um Deus que se submete aos meus caprichos, gritos e imposições, como a criança mimada que faz suas birras exigindo do pai o que quer. Não, meu Deus é de natureza Divina e sabe de todos os meus problemas.

Humildemente me coloco em prece, à Sua disposição, para que seja feita, como disse Jesus, a Sua vontade antes de tudo. Agradeço por tudo, até mesmo pela dor, se ela for instrumento do Pai para me transformar em uma criatura melhor para a Humanidade.

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