domingo, 14 de junho de 2009

RELATÓRIO 13


Bem, vamos resumir o que é a ARTRITE REUMATÓIDE:

Doença auto-imune, degenerativa, sem uma causa estabelecida. Se pegarmos em vários sites, vamos ver que as origens, as hipóteses são tantas que não vale a pena reescrever aqui. Primeiro porque não existe comprovação científica para essas probabilidades. Segundo porque muitas vezes o paciente não se enquadra em nenhuma delas. Então como dizer a razão? Por isso se diz que é auto-imune.


O que é uma doença auto-imune?
È uma doença que o próprio organismo da pessoa cria.
Sabe-se por estudos, que o sistema de defesa do organismo, por razões ainda desconhecidas, não identifica mais seu próprio corpo, reconhecendo-o como algo estranho, se preparando então para combater os inimigos, como vírus e bactérias. Só que ataca também as células ou tecidos saudáveis daí a inflamação nas articulações. Dá pra entender que a gente mesmo possa estar gerando uma doença dentro da gente?


Sua característica principal é a inflamação persistente nas articulações (dedos, pés, joelhos, tornozelos, ombros, mandíbula etc...). Às vezes começa a dor em algumas articulações e outras não. Às vezes doem todas de uma vez, ao mesmo tempo. Outras vezes podem doer somente os pés, por exemplo.




É mais freqüente em mulheres e costuma iniciar-se entre 30 e 50 anos de idade, mas compromete também homens e crianças. Existe também a artrite reumatóide juvenil.

O diagnóstico precoce é fundamental porque, quanto mais cedo descobrir ou mais cedo iniciar o tratamento, melhor a chance de manter uma vida independente e produtiva porque o tratamento corretamente adotado impede o avanço da doença que, se não for devidamente tratada pode levar à invalidez permanente, deformações físicas graves e dores muito fortes causando muito sofrimento ao paciente.

Quem quer, em sã consciência, ficar inválido? Quem quer viver permanentemente com dores extenuantes? Quem quer viver feliz mesmo sabendo que dia após dia, sua qualidade de vida perece, impedido de fazer os menores gestos pela dor e inchaço, tais como: pentear o cabelo, escovar os dentes, apertar o tubo de pasta dental, dar descarga, virar a chave para abrir qualquer porta, escrever, vestir-se normalmente, pegar panela quente? Quem vai querer ver-se deformando seus dedos, mãos, pés, a cada dia que passa?

Ao sentir essas limitações, sabendo que o tratamento vai reverter a situação, permitindo que se volte aos poucos à normalidade, o paciente adere conscientemente e firme ao tratamento, na esperança de que a melhora venha rápido.

Característica básica: rigidez matinal.

Às vezes começa a doer de madrugada mesmo. Mas a imobilização, ou seja, o descanso, faz com que as articulações se enrijeçam. O tempo que leva para voltar ao normal durante o dia é que vai determinar a gravidade da doença. Dormimos e quando acordamos, sentimos rigidez e imensas dores.

Eu particularmente, comecei, como disse, sentindo dores no pé esquerdo, evoluindo em algumas semanas, para as mãos. A esquerda, primeiro e depois a direita. Atualmente, mesmo com as medicações, meu dedo médio da mão direita, permanece rígido e muito dolorido. Só no final da tarde é que consigo dobrá-lo de leve mas ainda com dor, caracterizando um estágio mais grave da doença, que evolui rapidamente. Não fico tomando analgésico direto para avaliar o quanto a dor está intensa. Quando dói demais termino tomando o analgésico. Só descobri a razão da fadiga, do cansaço no final da tarde e mais à noite (costumava dormir tarde trabalhando bastante) quando li que esta era uma das características. Não entendia como eu, que antes varava a madrugada trabalhando, entregava os pontos bem mais cedo.

Seja lá qual for a razão, o que a gente sabe é que, como em tudo na vida, cada caso é um caso.

Tem gente que apresenta leve e discreta rigidez de vez em quando (casos benignos) e melhora passando no local uma pomadinha antiinflamatória (prescrita pelo médico) e nunca vai piorar.

Tem gente que já começa em estado grave.

Tem gente cujo nível da doença foi considerado grave e obteve regressão com o tratamento.

Tem gente que fez tudo direitinho e o tratamento não adiantou, evoluindo a doença para o extremo com deformidades progressivas e incapacidade de locomoção.

Donde se conclui que cada um tem que fazer a sua parte. Uma vez diagnosticada a Artrite Reumatóide, através dos exames tradicionais solicitados por médico especialista (e não por conclusão após leitura dos sintomas aqui ou em qualquer outro lugar), iniciar o tratamento indicado e esperar pelos resultados.

No meu caso, conforme já expliquei, tive surtos passageiros antes da doença tornar-se, como imagino agora, crônica. Ainda não tenho grave incapacidade articular. Continuo na ativa embora com limitações, principalmente de manhã. Agora mesmo, digitar é possível mas com dores principalmente no dedo médio, o mais afetado. Como uso os 10 dedos (aprendido na datilografia), não o forço muito.

O tratamento tem surtido efeito embora para isso esteja enchendo o organismo com medicamentos fortes que, ao longo do tempo, não sei se trarão mais malefícios.

Como não existe ainda cura, segundo a medicina tradicional, para a AR, o tratamento fica sempre restrito ao uso de remédios (em alguns casos, ao longo da vida) para administrar a dor e diminuir o inchaço.

No meu caso (não estou prescrevendo nada para ninguém), devidamente diagnosticado por especialista, através de exames de sangue específicos, estou tomando o que a maioria toma: antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e os corticóides. Dada a gravidade do meu caso, ele inseriu outros 2 medicamentos próprios para AR, principalmente o terrível METOTREXATO. Além desses tomo ainda outros (Ácido fólico e cálcio) para evitar malefícios causados por estes altamente tóxicos.

Já li também em um fórum, que uma pessoa dizia que tinha um doença (AR) e depois dos medicamentos, adquiriu mais 7 (efeitos colaterais).
Espero que eu consiga passar incólume ou que tenha esses efeitos minimizados.

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