Vou abrir um parênteses aqui para conversar sobre a forma como os médicos nos informam sobre o diagnóstico. Parece que eles pensam que sabemos tudo sobre os problemas que nos afligem. No meu caso, o reumatologista uma vez confirmando, com a leitura do resultado nos diversos exames, a artrite, transcreveu os mesmos para minha ficha prescrevendo um monte de remédios.
Alertou-me para tomar remédios com leite ou alimento, porque poderiam dar algum mal-estar e que um deles precisava ser tomado com ácido fólico porque poderia dar problemas no fígado. Despachou-me com um “não suma, não, viu?”. Não comentei com ele o que já tinha lido esperando que ele me alertasse e me explicasse um pouco sobre a doença. Se não soubesse nada, sairia do consultório com menos informação ainda. Sei que muitos pacientes preferem ignorar mas acho que no mínimo, uma informação mais importante, como a necessidade de adesão ao tratamento e das possibilidades de restrição que a doença traz, precisariam ser esclarecidas. Se não, ficaria me perguntando: por que ele me disse para não sumir? Havia dito que precisava controlar o sangue mensalmente e já havia me dado a guia do exame para voltar com o resultado e ele pudesse avaliar o efeito dos remédios. Só isso. Para mim foi muito pouco. Queria mais, queria saber sobre riscos, possibilidades, esperanças.....Faltou o lado humano e psicológico naquele especialista, considerado por um dos médicos da equipe que cuida de meu marido, como um dos melhores na cidade, apesar do jeitão calado, fechado e reticente. Mas ao mesmo tempo me fico perguntando: se ele não me conhece, como vai falar sobre a gravidade da doença? Como reagirei? Qual minha capacidade de absorção desse conteúdo? Como vou lidar com as informações novas? Mesmo assim acho que é mais importante o esclarecimento do que a omissão. Por isso deixei o consultório desanimada pela falta do apoio daquele que, a partir de agora, eu veria mensalmente e que talvez me acompanhe para o resto da vida. Preferia que ele aprendesse a falar com jeitinho, informando ao paciente o que está acontecendo e como pode fazer para que os resultados sejam os melhores. Mas isso não se ensina nos cursos de Medicina nem na prática. Vai do sentimento do médico e da humanização que ele desenvolve ao longo de sua trajetória.
Alertou-me para tomar remédios com leite ou alimento, porque poderiam dar algum mal-estar e que um deles precisava ser tomado com ácido fólico porque poderia dar problemas no fígado. Despachou-me com um “não suma, não, viu?”. Não comentei com ele o que já tinha lido esperando que ele me alertasse e me explicasse um pouco sobre a doença. Se não soubesse nada, sairia do consultório com menos informação ainda. Sei que muitos pacientes preferem ignorar mas acho que no mínimo, uma informação mais importante, como a necessidade de adesão ao tratamento e das possibilidades de restrição que a doença traz, precisariam ser esclarecidas. Se não, ficaria me perguntando: por que ele me disse para não sumir? Havia dito que precisava controlar o sangue mensalmente e já havia me dado a guia do exame para voltar com o resultado e ele pudesse avaliar o efeito dos remédios. Só isso. Para mim foi muito pouco. Queria mais, queria saber sobre riscos, possibilidades, esperanças.....Faltou o lado humano e psicológico naquele especialista, considerado por um dos médicos da equipe que cuida de meu marido, como um dos melhores na cidade, apesar do jeitão calado, fechado e reticente. Mas ao mesmo tempo me fico perguntando: se ele não me conhece, como vai falar sobre a gravidade da doença? Como reagirei? Qual minha capacidade de absorção desse conteúdo? Como vou lidar com as informações novas? Mesmo assim acho que é mais importante o esclarecimento do que a omissão. Por isso deixei o consultório desanimada pela falta do apoio daquele que, a partir de agora, eu veria mensalmente e que talvez me acompanhe para o resto da vida. Preferia que ele aprendesse a falar com jeitinho, informando ao paciente o que está acontecendo e como pode fazer para que os resultados sejam os melhores. Mas isso não se ensina nos cursos de Medicina nem na prática. Vai do sentimento do médico e da humanização que ele desenvolve ao longo de sua trajetória.
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