domingo, 14 de junho de 2009

RELATÓRIO 6

Quando sai da tenda, após ser atendida, questão de segundos, me encontrei com alguns dos amigos lá fora que também já tinham sido atendidos. Um foi chamado para voltar mais 3 vezes. Outro para uma cirurgia espiritual. Outro para pegar os remédios especiais na farmácia da entidade. E eu: Eu simplesmente levei um leve safanão e um “ se não melhorar volte” Era demais. Me senti desprezada, minha auto-estima desceu no fundo do poço. Tive vontade de chorar de tristeza e abandono.
Mesmo assim tentei seguir a recomendação – descansar naquela noite e nos próximos 2 dias.
Dormi na casa de uma das amigas, irmã que mora em uma cidade próxima de Tupã. Estava preocupava porque sempre tenho dificuldades para dormir na casa dos outros. E ali a farra estava completa. Éramos, como disse, 13 pessoas mas os 4 da casa e o estridente cachorrinho. Espalhamos colchões pela casa e logo estava me acomodando para ler e descansar. Era em torno das 22h. Como durmo tarde, imaginei que ia ler muito. Não vi quando peguei no sono só sei que mal comecei a ler, apaguei. Só acordei às 9 da manhã, surpresa porque nem doente durmo tanto. Mas o mais interessante ainda vinha. As dores continuavam e tomei os remédios como sempre. Havia prometido ao meu marido voltar no dia seguinte. Preparei-me para pegar o ônibus das 13 00 que iria chegar em torno das 15 30 em minha cidade. Meu marido pediu para avisá-lo quando entrasse na fronteira da cidade para que se preparasse e fosse me buscar na rodoviária. Acomodei-me no ônibus imaginando como passar duas horas e meia na estrada já que não sou de dormir em ônibus de viagem também. Peguei umas revistas de notícias e meu discman. Preparei meu ritual de viagem, enchi meu “sleep well”, um travesseirinho inflável para acomodar a cabeça e comecei a ler enquanto ouvia minhas músicas. Depois não vi mais nada. Fui literalmente acordada tão logo o ônibus chegou na divisa da cidade, exatamente no ponto onde meu marido pedira para ligar. Peguei o celular e avisei-o ainda atordoada com o acontecido. Como podia ter dormido tanto? E a viagem inteira !!!!!!! Não vi um segundo passar.

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