terça-feira, 7 de maio de 2013

Sim, você pode ter uma vida sexual ativa com artrite!

http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69867%3A-sim-voce-pode-ter-uma-vida-sexual-ativa-com-artrite&catid=47%3Acat-saude&Itemid=328

MÁRCIA WIRTH


O sexo pode ajudar no manejo da sua dor
 
Mulheres jovens, mulheres de meia idade e mulheres com a idade mais avançada que desenvolvem artrite reumatoide, geralmente, passam a enxergar-se e classificar-se como “não sexualmente atraentes”.  

“As preocupações físicas e emocionais são bem reais quando se trata de relacionar sexualidade e artrite. 

Já ouvi pacientes jovens e, sobretudo, pacientes de meia idade, me dizerem, 'Eu não posso nem imaginar ter uma relação sexual porque dói até segurar minha mão', ou 'Prefiro esquecer o contato sexual porque é muito dolorido participar’...”, diz o reumatologista  Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
 
As relações sexuais das pessoas que vivem com doenças autoimunes são afetadas pela doença. 

Nas mulheres, os danos às glândulas que produzem a lubrificação natural do corpo podem levar à secura vaginal, o que pode tornar as relações sexuais dolorosas.  

“Além disto, dores nas articulações, fraqueza ou rigidez podem tornar mais difícil o ato sexual. 

E como as pessoas que vivem com uma doença autoimune não são muito seguras sobre a própria aparência, elas podem ter medo que seu parceiro não a considerem mais atraentes. 

Aconselhamos sempre que o casal converse sobre a doença. 

Com amor e afeto, muitos destes problemas podem ser superados ou pelo menos contornados”, destaca  o reumatologista.
 
O sexo pode ajudar com sua dor.
 
Existem diversos estudos que mostram que o sexo pode ser muito útil na medida em que diminui algum desconforto físico. 

“A chave é deixar as pacientes saberem que as preocupações físicas e emocionais relacionadas à sexualidade e à artrite são reais, e que podem pesar nos momentos de gozo da vida. 

Mas são os pensamentos, as atitudes e as crenças que definitivamente terão um efeito importante sobre os resultados do ato sexual”, defende o diretor do Iredo.
 
Um desafio ao lidar com pacientes com artrite é tentar fazer com que elas apreciem ser quem são, que elas se sintam bonitas, que elas se sintam sedutoras.  

“Geralmente, ouço perguntas neste sentido: 

‘Pode o ato sexual agravar a minha artrite?’, ‘ E se eu tiver uma substituição da articulação, ainda posso ter relações sexuais?’. 

Diante destas perguntas, é preciso deixar claro que mesmo  com artrite, a vida sexual pode ser maravilhosa. 

É preciso mudar a maneira de enfrentar esta situação. Por exemplo, antes da relação sexual, você pode fazer uma massagem ou um alongamento, você pode aplicar um creme para dor em certas articulações. 

Durante o ato, você pode encontrar uma posição mais confortável”, orienta o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti.
 
“É muito importante que a paciente com artrite saiba que o toque, o carinho, o afeto e o contato com a pele do ser amado podem aumentar a produção de endorfinas e outras enzimas que ajudam no alívio da dor. 

É uma questão de ensinar e educar estas pacientes que a vida ainda pode ser bela, o sexo ainda pode ser muito prazeroso, mesmo com a artrite”, defende o médico.
 


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