Portugueses descobrem «luz» no combate à artrite reumatóide
Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram um trabalho que abre perspectivas ao tratamento
Uma equipe da universidade de Coimbra desenvolveu um trabalho que abre perspectivas ao tratamento da artrite
reumatóide, uma doença crónica que afecta um por cento da população mundial.
«Esta descoberta vem abrir novas possibilidades terapêuticas para a artrite reumatóide, doença que permanece, até à data, incurável», refere uma nota de imprensa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, onde foi desenvolvida a investigação.
Em modelos de experimentação animal os investigadores verificaram que a neutralização de um tipo específico de células «do sistema imune, os linfócitos T CD8+ (um tipo de glóbulos brancos) melhora a inflamação crónica na artrite reumatoide».
«Os ratinhos sujeitos a este novo tratamento apresentaram melhorias significativas na inflamação das articulações uma semana após a administração de anticorpos que bloqueiam as células T CD8+», acrescenta.
A investigação já está centrada na análise de amostras de células colhidas de doentes, e no desenho de um fármaco que possa tratar a doença, revelou à agência Lusa a coordenadora da investigação, Margarida Souto-Carneiro.
Segundo a investigadora, esta doença, mais frequente entre as mulheres, afetará cerca de meio milhão de pessoas na União Europeia.
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