quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Pesquisa comprova o
efeito antiinflamatório dos ômega-3 em atletas
10:50 | Postado por Luis
Guerreiro |
Associadas ao colesterol e conseqüentemente a doenças
cardiovasculares, as gorduras sempre foram consideradas vilãs por aqueles que
buscam uma alimentação saudável.
Mas, como em toda regra, há exceções.
As gorduras
podem ser divididas basicamente em dois tipos: as saturadas, responsáveis pelo
aumento do mau colesterol, e as insaturadas (classificadas como monoinsaturadas
e poliinsaturadas), que trazem benefícios à saúde, alguns deles de grande valia
para os atletas.
É o caso dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, conhecidos
por combater o mau colesterol, e que, segundo pesquisas, também seriam um
antiinflamatório natural e um possível coadjuvante para aumento de força e
massa muscular.
A tese de doutorado iniciada em 2001 na Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas) pelo professor Leandro Lopez Haidamus, docente de
bioquímica da Universidade do Oeste Paulista e mestre em ciência de alimentos
pela Universidade Estadual de Londrina (“O Efeito da Suplementação com Ômega-3
na Produção de Mediadores Químicos da Inflamação”) tem por objetivo comprovar o
efeito antiinflamatório dos ômega-3 em atletas.
Os resultados do estudo
apontaram que a suplementação diária de ômega-3 diminui a resposta inflamatória
nas lesões musculares, além de acelerar o processo de recuperação. Segundo o
professor Haidamus, essa ação se deve ao fato de os ácidos graxos ômega-3,
atuarem como inibidores de substâncias químicas produzidas naturalmente pelo
organismo humano durante um processo inflamatório. “Eles inibem a produção de
algumas substâncias que provocam dor e edema e são responsáveis por ativar o
processo de inflamação”, explica.
Haidamus diz que com uma suplementação de 3 g
diárias de ômega-3, ministrada sem interrupção por um período mínimo de três
semanas, há uma diminuição da resposta inflamatória nas microlesões que o
atleta sofre durante o esforço físico.
“Isso amenizará a dor após os treinos e
competições, o que melhorará a recuperação do atleta e, conseqüentemente, sua
performance”, comenta, acrescentando que assim pode-se evitar o uso de
medicamentos antiinflamatórios e seus efeitos indesejáveis.
Além de prevenir
lesões, a ação antiinflamatória dos ômega-3 pode trazer outro benefício ao
atleta. Ela também favorece o ganho de força e massa muscular, conforme explica
Carlos Alexandre Fatt, professor de graduação e pós-graduação da Faculdade de
Educação Física da Universidade Federal do Mato Grosso.
“O aumento de massa
muscular depende de um treinamento intenso que causa inflamação na musculatura.
Esse tipo de atividade física provoca pequenas lesões nos músculos, que são
recuperadas mais rapidamente com a ação antiinflamatória do ômega-3.
É durante
essa recuperação que ocorre o aumento de massa muscular, portanto, esse
processo contribui para maiores ganhos”, justifica.
Em 2001, Carlos defendeu
uma tese de mestrado (Suplementação de Ácidos Graxos Ômega-3 ou Triglicerídios
de Cadeia Média para Indivíduos em Treinamento de Força) na Universidade
Estadual Paulista de Rio Claro, cujos testes realizados acusaram aumento de
força e massa muscular em atletas que combinaram treino de musculação para
hipertrofia com suplementação de ômega-3.
Mas a ação antiinflamatória seria
apenas um dos fatores responsáveis por induzir esse crescimento em virtude
desses ácidos graxos. “Estudos sugerem que os ômega-3 têm efeito vasodilatador,
o que facilita a perfusão de oxigênio e nutrientes do sangue para os tecidos,
fornecendo mais energia para o músculo.
Esse efeito também está associado ao
aumento do GH (Growth Hormone ou Hormônio do Crescimento), que tem a
propriedade de estimular o crescimento muscular e redução de gordura”, afirma
Fatt, que é doutor em clínica médica pela Universidade de São Paulo de Ribeirão
Preto.
Ele lembra ainda que a vasodilatação promove melhora no trabalho
cardiovascular e o consequente aumento do VO2 máximo, fazendo com que o atleta
ganhe mais resistência.
AS FONTES Embora essenciais para a saúde, os ácidos
graxos ômega-3 não são produzidos pelo organismo humano, mas podem ser encontrados
em alguns alimentos, principalmente peixes de águas frias e profundas, como
salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha e truta.
Mestre em
nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Priscila Andrade diz que
a recomendação diária para consumo de ômega-3 é de 1 g a 1,8 g. “ Segundo outro
estudo publicado no Journal of Physiology.
Na pesquisa, uma equipe de
cientistas acrescentou o óleo de peixe com ômega 3, ou óleo de oliva à
alimentação do gado. Após cinco semanas, os animais que tomaram o ômega 3
mostraram maior sensibilidade à insulina, melhorando o metabolismo das
proteínas.
Segundo os especialistas, o composto pareceu repor outros ácidos
graxos nas células musculares, melhorando sua função. Os especialistas afirmam
que os efeitos do ômega 3 também podem ser benéficos para prevenir a perda de
massa muscular em idosos e para os atletas que querem ganhar músculos.
Nota
Luis Guerreiro: Tal como referido noutros artigos sobre ômega 3 aqui no blog -
a linhaça pode proporcionar as quantidades diárias necessárias dessa gordura
essencial (para aqueles que não consomem peixe), sendo recomendado por alguns
médicos e nutricionistas a ingestão de 2 colheres de sopa diariamente.
Na nossa
opinião a obtenção destes óleos a partir do peixe não parece viável já que os
mesmos são sujeitos a processos de cocção ou processados de variadas maneiras o
que destrói os óleos essenciais.
Membros do Instituto Científico do Canadá e
dos Estados Unidos afirmam que, além do ômega 3, a linhaça contém ainda outros
dois tipos de gordura (ômega 6 e ômega 9) que, quando consumidas regularmente,
não só afastam o risco de desenvolver enfermidades degenerativas, como
potencializam seu tratamento. Já os cientistas da Universidade de Toronto, no
Canadá, anunciaram recentemente que a semente é capaz de bloquear a metástase
em pacientes com câncer de mama.
Os benefícios milagrosos se estendem a outros
tipos de tumores malignos, como o de cólon e o de próstata.
Ossos mais fortes
Cientistas da Universidade de Oklahoma (EUA) descobriram que a semente é
benéfica para a estrutura óssea de mulheres pós-menopausa, devido ao seu poder
antioxidante.
Eles afirmam que os radicais livres gerados nessa estrutura
debilitam os ossos. TPM tranquila
Os sintomas da Tensão Pré-Menstrual muitas
vezes têm origem no desequilíbrio entre os hormônios estrogênio e progesterona.
Por esse motivo, a mulher precisa de boas fontes de ácidos graxos, presentes na
linhaça, que são essenciais para o equilíbrio do sistema hormonal. Menopausa
sob controle
O estrógeno fica com suas taxas em baixa durante o climatério,
provocando aqueles sintomas típicos dessa fase, como ondas de calor, alteração
do humor e ressecamento da pele.
As ligninas, substâncias da linhaça que imitam
a ação do estrógeno, funcionam como um agente natural na reposição de
hormônios. Pulmões e bexiga em ordem
Por causa dos efeitos anti-inflamatório e
emoliente sobre as mucosas, a linhaça alivia os sintomas de bronquite e
cistite.
Seu consumo diário auxilia em todos os casos de inflamação dos rins e
da bexiga, nos espasmos da bílis e nas doenças respiratórias, como a asma. Além
da saúde, a linhaça também atua em prol da beleza, fortificando os cabelos, as
unhas e a pele Circulação perfeita Veias e artérias com depósito de gordura
dificultam a circulação, provocando derrame cerebral e infarto. Os ômega 3 e 6
da semente evitam o acúmulo de lipídios.
Obesidade, não!
Como a linhaça elimina
rapidamente o colesterol, ajuda a controlar a obesidade.
A grande quantidade de
fibras (cinco vezes maior do que na aveia), diminui o apetite.
Digestão mais
fácil
A ação antiinflamatória e emoliente do grão regenera a mucosa digestiva
danificada.
No tratamento deve-se consumir a semente deixada de molho à noite e
triturada pela manhã, todo dia. Rins em equilíbrio Para curar cálculos renais
ou biliares, o ideal é usar o óleo de linhaça prensado a frio (natural ou em
cápsulas).
O grão moído reduz quadros de inflamação. A semente de linhaça
contém 27 componentes anti-cancerígenos , um deles é a LIGNINA.
A semente de linhaça
contém 100 vezes mais Lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro
vegetal conhecido até agora iguala essas propriedades. Protege e evita a
formação de tumores.
* É muito fácil inserir esse alimento no seu dia-a-dia.
Basta acrescentá-lo aos sucos de frutas, iogurtes, saladas, vitaminas, molhos,
pão feito ao sol, etc.
molho para salada rendimento:
12 colheres (sopa) 2
colheres (sopa) de sementes de linhaça (previamente deixada de molho 8 horas e
lavada) 2 dentes de alho amassados suco de 1 limão 1 tomate sem pele e sem
sementes ½ xícara (chá) de água sal a gosto modo de preparo Bata os
ingredientes em um processador e use como tempero de salada verde.
Adaptação de
Luis Guerreiro Fontes: Mundo Aqua ORNASA Revista Estilo Natural Aboria Share
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