quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VITAMINA D E ARTRITE REUMATÓIDE

VITAMINA D E ARTRITE REUMATÓIDEPDFImprimirE-mail
Programa apresentado em 18 de abril de 2010
BRASÍLIA SUPER RÁDIOFM 89,9MHZ
(DOMINGOS 11h00min e 22h00min)

 
 
 
VITAMINA D e ARTRITE REUMATÓIDE

Um artigo publicado online em 25 de Março de 2010 na publicação  Environmental Health Perspectives aponta que o aumento da vitamina D no organismo por uma maior exposição solar (em horários adequados) tem uma ação preventiva contra a artrite reumatóide (AR), uma doença auto-imune de causas ainda não esclarecidas.
 
Para a presente pesquisa, a professora de saúde ambiental Verônica Vieira e cols, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, analisaram os dados do Nurses Health Study que abrangeu a observação de enfermeiras norte-americanas a partir de 1976.
 
Quatrocentas e sessenta e uma participantes com diagnóstico de AR entre 1988 e 2002 foram comparadas com outras 9.229 pessoas não portadoras da doença e assumidas como referência.
 
A pesquisa analisou a associação entre o risco de artrite reumatóide e o endereço residencial segundo o preenchimento de questionários completados a cada dois anos no período de 1988 a 2002.
 
Os autores constataram um risco maior de desenvolver a artrite reumatóide entre as mulheres que viviam no norte dos Estados Unidos, o que sugere uma menor exposição solar e subseqüente a reduzida produção de vitamina D pela pele poderia ser um fator no desenvolvimento da AR.
 
Foi observado um risco discretamente mais alto para as residentes em latitudes altas, ou seja, no norte dos EUA desde 1988 em confronto com a data do diagnóstico de AR sugerindo que a exposição prolongada ao fator de risco podia ter mais importância do que a exposição recente.
 
Segundo a pesquisadora Vieira, há maior risco na vida em viver nas latitudes setentrionais, ou seja, no Norte, onde há menos luz solar, o que resulta em deficiência de vitamina D, um resultado inesperado já que antes do estudo, os autores estavam mais interessados na correlação com a poluição atmosférica e não com o risco de viver em latitudes de alta ou baixa exposição solar.
 
Também uma associação geográfica com as latitudes altas foi observada para a esclerose múltipla e a doença de Crohn ou Leite regional, que são doenças auto-imunes provocadas pela baixa de vitamina D resultante da insuficiente exposição solar e dos efeitos de alteração da imunidade provocados por essa deficiência.
 
Uma análise posterior para investigar a relação entre a vitamina D e a AR é planejada em estudos futuros para explorar esses resultados.
 
A artrite reumatoide é uma doença autoimune degenerativa que ataca as articulações por uma resposta imunitária anormal, sendo menos comum do que a osteoartrite, degeneração articular associada ao envelhecimento que afeta predominantemente as mulheres.
 
Os primeiros sintomas ocorrem entre os 25 e os 50 anos e às vezes ocorre em crianças. Diferentemente da osteoartrite, a AR é uma doença sistêmica podendo afetar outros órgãos além das juntas, como os vasos sanguíneos, coração, sistema nervoso e complicações pulmonares.
 
O diagnóstico da AR, incluindo a análise da proteína C reativa e de citocinas, deve ser apoiado com uma boa base nutricional, visto que certos alimentos podem agravar os sintomas.
 
O suporte nutricional e a retirada de alimentos impróprios que devem ser substituídos na composição alimentar é de grande valia no tratamento da AR, em face da alta agressividade dos remédios convencionais.
 
É importante o diagnóstico da deficiência de vitamina D, que tem ocorrido até em Brasília, uma cidade de grande exposição solar durante quase todo o ano.
 
A suplementação de vitamina D pode ser preventiva e auxiliar no tratamento da AR. 
A Clínica Nutricional em seu programa faz o diagnostico de carências vitamínicas e minerais em laboratório associado e propõe correções do estilo de vida capazes de melhorar a qualidade e expectativa de vida. 
Por hoje, é só.

Dr. Arnoldo Velloso

Educação para o sol – Vitamina D – Vitamin D


Educação para o sol – Vitamina D – Vitamin D

 
 
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“Quando o assunto é a prevenção do câncer de pele, mais importante do que defender o uso de filtro solar é “fotoeducar” pacientes, médicos, indústria farmacêutica, políticos e autoridades de saúde.  A proposta radical é do dermatologista Fernando Stengel, presidente da Fundação Argentina de Câncer de Pele e membro do Conselho Internacional da Skin Cancer Foundation.”
 
“Filtros solares são um produto e são vendáveis.  Por isso foram superpromovidos.  Agora estamos voltando atrás,” disse ele ao participar do 14º Congresso Mundial de Câncer de Pele, realizado em São Paulo.”
 
Relacionado a este assunto, assista ao vídeo sobre a necessidade de produção de Vitamina D para a saúde:
 
Vitamina D – Sem Censura – Dr. Cicero Galli Coimbra e Daniel Cunha
 
https://www.youtube.com/watch?v=cIwIWim4hNM&list=UU5grjCGNi25VAR8J0eVuxVQ&index=5&feature=plcp
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Com informações da Agência Fapesp
10/08/2012
Fonte: Diário da Saúde
Quando o assunto é a prevenção do câncer de pele, mais importante do que defender o uso de filtro solar é “fotoeducar” pacientes, médicos, indústria farmacêutica, políticos e autoridades de saúde.
A proposta radical é do dermatologista Fernando Stengel, presidente da Fundação Argentina de Câncer de Pele e membro do Conselho Internacional daSkin Cancer Foundation.
“Filtros solares são um produto e são vendáveis. Por isso foram superpromovidos. Agora estamos voltando atrás,” disse ele ao participar do 14º Congresso Mundial de Câncer de Pele, realizado em São Paulo.
Stengel afirma que o sol não é mais perigoso hoje do que no passado. “Mas a preocupação com o câncer de pele, no entanto, é maior, pois as pessoas estão mais expostas à radiação solar e a expectativa de vida aumentou,” disse.
Riscos de câncer de pele
Segundo dados da Skin Cancer Foundation, nos Estados Unidos mais pessoas tiveram câncer de pele nos últimos 31 anos do que todos os outros casos de câncer somados. Segundo as estimativas, um em cada cinco norte-americanos desenvolverá a doença ao longo da vida e uma pessoa morre de melanoma a cada hora.
Também no Brasil o câncer de pele é o tumor mais frequente, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A estimativa para 2012 é de 134,1 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e 1,3 mil casos de melanoma.
Um único episódio de queimadura solar na infância ou na adolescência dobra o risco de melanoma, segundo especialistas daSkin Cancer Foundation. O risco também dobra caso existam cinco ou mais episódios de queimadura solar em qualquer idade.
Cultura do bronzeado
Ainda assim, a cultura do bronzeado está em toda parte, disse Stengel. “É preciso rever a forma como a mensagem sobre fotoprevenção tem sido difundida”, disse.
“O melhor seria a “fotoeducação”. As empresas farmacêuticas tentam vender a ideia de que existe bronzeado seguro ou de que os filtros são capazes de bloquear totalmente o sol, mas isso não é verdade.
“Se os médicos apenas reforçam a ideia de que as pessoas devem usar protetor solar, mas elas não sabem por que nem como fazer isso, não adianta,” disse o médico.
Falta de sol
Por outro lado, há uma crescente preocupação com as deficiências de vitamina D, que é produzida no organismo com a exposição ao Sol.
“Sabemos que há hoje muitos jovens enfurnados dentro de casa com seus jogos eletrônicos e computadores. São jovens que quase não fazem exercício e não se expõem ao sol. Essa população, principalmente se tiver uma dieta pobre em vitaminas, pode ter problemas. É preciso equilíbrio. Afinal, a espécie humana evoluiu ao longo de milhares de anos com sua pele interagindo com o sol e ele tem efeitos positivos sobre nós também,” concorda o especialista.
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Pesquisa comprova o efeito antiinflamatório dos ômega-3 em atletas




quinta-feira, 21 de agosto de 2008
 
Pesquisa comprova o efeito antiinflamatório dos ômega-3 em atletas
 
 10:50 | Postado por Luis Guerreiro |
 
Associadas ao colesterol e conseqüentemente a doenças cardiovasculares, as gorduras sempre foram consideradas vilãs por aqueles que buscam uma alimentação saudável.
Mas, como em toda regra, há exceções.
As gorduras podem ser divididas basicamente em dois tipos: as saturadas, responsáveis pelo aumento do mau colesterol, e as insaturadas (classificadas como monoinsaturadas e poliinsaturadas), que trazem benefícios à saúde, alguns deles de grande valia para os atletas.
É o caso dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, conhecidos por combater o mau colesterol, e que, segundo pesquisas, também seriam um antiinflamatório natural e um possível coadjuvante para aumento de força e massa muscular.
A tese de doutorado iniciada em 2001 na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) pelo professor Leandro Lopez Haidamus, docente de bioquímica da Universidade do Oeste Paulista e mestre em ciência de alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (“O Efeito da Suplementação com Ômega-3 na Produção de Mediadores Químicos da Inflamação”) tem por objetivo comprovar o efeito antiinflamatório dos ômega-3 em atletas.
Os resultados do estudo apontaram que a suplementação diária de ômega-3 diminui a resposta inflamatória nas lesões musculares, além de acelerar o processo de recuperação. Segundo o professor Haidamus, essa ação se deve ao fato de os ácidos graxos ômega-3, atuarem como inibidores de substâncias químicas produzidas naturalmente pelo organismo humano durante um processo inflamatório. “Eles inibem a produção de algumas substâncias que provocam dor e edema e são responsáveis por ativar o processo de inflamação”, explica.
Haidamus diz que com uma suplementação de 3 g diárias de ômega-3, ministrada sem interrupção por um período mínimo de três semanas, há uma diminuição da resposta inflamatória nas microlesões que o atleta sofre durante o esforço físico.
“Isso amenizará a dor após os treinos e competições, o que melhorará a recuperação do atleta e, conseqüentemente, sua performance”, comenta, acrescentando que assim pode-se evitar o uso de medicamentos antiinflamatórios e seus efeitos indesejáveis.
Além de prevenir lesões, a ação antiinflamatória dos ômega-3 pode trazer outro benefício ao atleta. Ela também favorece o ganho de força e massa muscular, conforme explica Carlos Alexandre Fatt, professor de graduação e pós-graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal do Mato Grosso.
“O aumento de massa muscular depende de um treinamento intenso que causa inflamação na musculatura. Esse tipo de atividade física provoca pequenas lesões nos músculos, que são recuperadas mais rapidamente com a ação antiinflamatória do ômega-3.
É durante essa recuperação que ocorre o aumento de massa muscular, portanto, esse processo contribui para maiores ganhos”, justifica.
Em 2001, Carlos defendeu uma tese de mestrado (Suplementação de Ácidos Graxos Ômega-3 ou Triglicerídios de Cadeia Média para Indivíduos em Treinamento de Força) na Universidade Estadual Paulista de Rio Claro, cujos testes realizados acusaram aumento de força e massa muscular em atletas que combinaram treino de musculação para hipertrofia com suplementação de ômega-3.
Mas a ação antiinflamatória seria apenas um dos fatores responsáveis por induzir esse crescimento em virtude desses ácidos graxos. “Estudos sugerem que os ômega-3 têm efeito vasodilatador, o que facilita a perfusão de oxigênio e nutrientes do sangue para os tecidos, fornecendo mais energia para o músculo.
Esse efeito também está associado ao aumento do GH (Growth Hormone ou Hormônio do Crescimento), que tem a propriedade de estimular o crescimento muscular e redução de gordura”, afirma Fatt, que é doutor em clínica médica pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto.
Ele lembra ainda que a vasodilatação promove melhora no trabalho cardiovascular e o consequente aumento do VO2 máximo, fazendo com que o atleta ganhe mais resistência.
AS FONTES Embora essenciais para a saúde, os ácidos graxos ômega-3 não são produzidos pelo organismo humano, mas podem ser encontrados em alguns alimentos, principalmente peixes de águas frias e profundas, como salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha e truta.
Mestre em nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Priscila Andrade diz que a recomendação diária para consumo de ômega-3 é de 1 g a 1,8 g. “ Segundo outro estudo publicado no Journal of Physiology.
Na pesquisa, uma equipe de cientistas acrescentou o óleo de peixe com ômega 3, ou óleo de oliva à alimentação do gado. Após cinco semanas, os animais que tomaram o ômega 3 mostraram maior sensibilidade à insulina, melhorando o metabolismo das proteínas.
Segundo os especialistas, o composto pareceu repor outros ácidos graxos nas células musculares, melhorando sua função. Os especialistas afirmam que os efeitos do ômega 3 também podem ser benéficos para prevenir a perda de massa muscular em idosos e para os atletas que querem ganhar músculos.
Nota Luis Guerreiro: Tal como referido noutros artigos sobre ômega 3 aqui no blog - a linhaça pode proporcionar as quantidades diárias necessárias dessa gordura essencial (para aqueles que não consomem peixe), sendo recomendado por alguns médicos e nutricionistas a ingestão de 2 colheres de sopa diariamente.
Na nossa opinião a obtenção destes óleos a partir do peixe não parece viável já que os mesmos são sujeitos a processos de cocção ou processados de variadas maneiras o que destrói os óleos essenciais.
Membros do Instituto Científico do Canadá e dos Estados Unidos afirmam que, além do ômega 3, a linhaça contém ainda outros dois tipos de gordura (ômega 6 e ômega 9) que, quando consumidas regularmente, não só afastam o risco de desenvolver enfermidades degenerativas, como potencializam seu tratamento. Já os cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, anunciaram recentemente que a semente é capaz de bloquear a metástase em pacientes com câncer de mama.
Os benefícios milagrosos se estendem a outros tipos de tumores malignos, como o de cólon e o de próstata.
Ossos mais fortes
Cientistas da Universidade de Oklahoma (EUA) descobriram que a semente é benéfica para a estrutura óssea de mulheres pós-menopausa, devido ao seu poder antioxidante.
Eles afirmam que os radicais livres gerados nessa estrutura debilitam os ossos. TPM tranquila
Os sintomas da Tensão Pré-Menstrual muitas vezes têm origem no desequilíbrio entre os hormônios estrogênio e progesterona.
Por esse motivo, a mulher precisa de boas fontes de ácidos graxos, presentes na linhaça, que são essenciais para o equilíbrio do sistema hormonal. Menopausa sob controle
O estrógeno fica com suas taxas em baixa durante o climatério, provocando aqueles sintomas típicos dessa fase, como ondas de calor, alteração do humor e ressecamento da pele.
As ligninas, substâncias da linhaça que imitam a ação do estrógeno, funcionam como um agente natural na reposição de hormônios. Pulmões e bexiga em ordem
 
Por causa dos efeitos anti-inflamatório e emoliente sobre as mucosas, a linhaça alivia os sintomas de bronquite e cistite.
 
Seu consumo diário auxilia em todos os casos de inflamação dos rins e da bexiga, nos espasmos da bílis e nas doenças respiratórias, como a asma. Além da saúde, a linhaça também atua em prol da beleza, fortificando os cabelos, as unhas e a pele Circulação perfeita Veias e artérias com depósito de gordura dificultam a circulação, provocando derrame cerebral e infarto. Os ômega 3 e 6 da semente evitam o acúmulo de lipídios.
Obesidade, não!
Como a linhaça elimina rapidamente o colesterol, ajuda a controlar a obesidade.
A grande quantidade de fibras (cinco vezes maior do que na aveia), diminui o apetite.
Digestão mais fácil
 
A ação antiinflamatória e emoliente do grão regenera a mucosa digestiva danificada.
No tratamento deve-se consumir a semente deixada de molho à noite e triturada pela manhã, todo dia. Rins em equilíbrio Para curar cálculos renais ou biliares, o ideal é usar o óleo de linhaça prensado a frio (natural ou em cápsulas).
O grão moído reduz quadros de inflamação. A semente de linhaça contém 27 componentes anti-cancerígenos , um deles é a LIGNINA.
A semente de linhaça contém 100 vezes mais Lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro vegetal conhecido até agora iguala essas propriedades. Protege e evita a formação de tumores.
* É muito fácil inserir esse alimento no seu dia-a-dia.
Basta acrescentá-lo aos sucos de frutas, iogurtes, saladas, vitaminas, molhos, pão feito ao sol, etc.
molho para salada rendimento:
12 colheres (sopa) 2 colheres (sopa) de sementes de linhaça (previamente deixada de molho 8 horas e lavada) 2 dentes de alho amassados suco de 1 limão 1 tomate sem pele e sem sementes ½ xícara (chá) de água sal a gosto modo de preparo Bata os ingredientes em um processador e use como tempero de salada verde.
Adaptação de Luis Guerreiro Fontes: Mundo Aqua ORNASA Revista Estilo Natural Aboria Share

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PAPEL DA VITAMINA D NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


 
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Print version ISSN 1415-5273

Rev. Nutr. vol.25 no.4 Campinas July/Aug. 2012

http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732012000400010 

 

PAPEL DA VITAMINA D NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

 The role of vitamin D in systemic lupus erythematosus

  
Thaisa de Mattos Teixeira; Célia Lopes da Costa

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição. R. São Francisco Xavier, 524, Pavilhão João Lyra Filho, 12º andar, Bloco D, Sala 12.024, 20559-900, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: CL COSTA. E-mail: <clcnut@terra.com.br>

  



RESUMO

Além do papel na homeostase do cálcio, acredita-se que a forma ativa da vitamina D apresente efeitos imunomoduladores, suprimindo ou ativando o sistema imune. Estudos recentes têm relacionado a deficiência ou a insuficiência de vitamina D a várias doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, diabetes Mellitus tipo 1 e esclerose múltipla. Dessa forma, o presente trabalho buscou descrever o metabolismo da vitamina D e suas funções, enfatizando sua ação no sistema imune bem como a participação no lúpuseritematoso sistêmico. Todas as evidências encontradas estão voltadas para a relação entre baixos níveis devitamina D e manifestações clínicas do lúpus eritematoso sistêmico, porém ainda não está definido se a suplementação ou recuperação desses níveis possa influir na atividade da doença. Dessa forma, há necessidade de mais estudos para avaliar os possíveis benefícios terapêuticos da suplementação de vitamina D no lúpuseritematoso sistêmico.

Termos de indexaçãoLúpus eritematoso sistêmico. Sistema imune. Vitamina D.



ABSTRACT

In addition to its role in calcium homeostasis, it is believed that the active form of vitamin D has immunomodulatory effects, suppressing or activating the immune system. Recent studies have linked vitamin D deficiency or insufficiency with multiple autoimmune diseases, including systemic lupus erythematosus, rheumatoid arthritis, type 1 diabetes Mellitus and multiple sclerosis. Thus, the present review describes vitamin D metabolism and its functions, emphasizing its action on the immune system as well as its participation in systemic lupuserythematosus. All evidence focuses on the relationship between low vitamin D levels and the clinical manifestation of systemic lupus erythematosus, but it is not yet clear whether supplementation or reestablishment of normal levels can influence disease activity. Thus, more studies are needed to assess the possible therapeutic benefits of vitamin D supplementation on systemic lupus erythematosus.

Indexing terms: Immune system. Systemic lupus erythematosus. Vitamin D.



INTRODUÇÃO

A atuação da vitamina D em processos metabólicos é pesquisada desde o século XVII, e foi objeto de prêmio Nobel em 1938. Atualmente, são conhecidos aproximadamente 41 metabólitos de vitamina D, sendo o 1,25-dihidroxicalciferol [1,25(OH)2D] um importante hormônio que atua como ligante para o fator de transcrição nuclear por meio do Receptor de Vitamina D (RVD), que regula a transcrição gênica e a função celular em diversos tecidos1.

Nos últimos anos, a vitamina D e seus pró-hormônios têm sido alvo de inúmeras pesquisas que comprovaram que sua função vai além do metabolismo do cálcio e da formação óssea. Essa ação sistêmica deve-se à expressão do RVD numa ampla variedade de tecidos corporais como cérebro, coração, pele, intestino, gônadas, próstata, mamas e células imunológicas, além de ossos, rins e paratireoides2.

A interação da vitamina D com o sistema imunológico parece se dar pela sua ação sobre a regulação e a diferenciação de células como linfócitos, macrófagos, células dendríticas, células T e B e células Natural Killer(NK), além de interferir na produção de citocinas in vivo e in vitro3.

São considerados quadros de deficiência níveis de 25-hidroxicalciferol [25(OH)D] abaixo de 20ng/ml, e de insuficiência, abaixo de 30ng/mL. Esses níveis são bastante comuns em pacientes com doenças crônicas autoimunes, incluindo Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Artrite Reumatoide (AR), Diabetes Mellitus Tipo 1 (DMT1) e Esclerose Múltipla (EM)4,5.

Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica, de etiologia autoimune, multissistêmica, caracterizada por períodos de exacerbação e remissão6. Vários estudos comprovam que as concentrações séricas de vitamina D estão associadas diretamente com a atividade da doença7. Dessa forma, tem sido sugerido que avitamina D possa ser um fator ambiental importante para a regulação do sistema imune, havendo necessidade da investigação do benefício da correção dessa deficiência. O objetivo da presente revisão bibliográfica, portanto, é descrever os mecanismos de ação da vitamina D sobre o sistema imunológico, assim como estudar seus mecanismos de ação no LES.

A revisão foi realizada com base em artigos científicos de revistas indexadas. As publicações foram acessadas pelas bases de dados eletrônicas SciELO, Lilacs e MedLine, selecionadas nos idiomas português e inglês, utilizando-se os descritores: vitamina D, sistema imune, lúpus eritematoso sistêmico, doenças autoimunes, suplementação, 25-hidroxicalciferol, vitamin D, immune system, systemic lupus erythematosus, autoimmune disease, supplementation, 25-hydroxyvitamin D. Como critério de inclusão foram utilizados artigos publicados entre os anos de 1983 e 2012.

Metabolismo e recomendações de vitamina D

vitamina D3 ou colecalciferol é um hormônio esteroide encontrado em animais; sua função clássica consiste na manutenção do equilíbrio do metabolismo ósseo8. Essa vitamina também pode ser encontrada na forma vegetal como vitamina D2 ou ergocalciferol e pode ser ingerida por meio da alimentação ou formada endogenamente em tecidos cutâneos após a exposição à radiação ultravioleta9.

vitamina D3 é produzida na pele pela irradiação ultravioleta do seu precursor, o 7-dehi-drocolesterol. Durante essa exposição à radiação ultravioleta, o 7-dehidrocolesterol sofre conjugação de pontes de hidrogênio nos carbonos C5 e C7, originando a pré-vitamina D3.

Essa molécula termolábil, após aproximadamente 24 horas, sofre rearranjo molecular dependente da temperatura, formando homodímeros, dando origem à vitamina D3.

A pré-vitamina D3 também pode sofrer processo de isomerização, originando produtos biologicamente inativos (luminosterol e taquisterol), sendo esse mecanismo importante para evitar a superprodução de vitamina D após períodos de prolongada exposição ao sol.

O grau de pigmentação da pele é outro fator limitante para a produção de vitamina D, uma vez que peles negras apresentam limitação à penetração de raios ultravioletas.

No sangue, o transporte da vitamina D é feito principalmente através da proteína ligadora de vitamina D, e, em menor proporção, pela albumina10.

No fígado, tanto a vitamina proveniente da dieta quanto a produzida endogenamente sofrem hidroxilação, mediadas pela enzima 25-hidroxilase, e são convertidas em 25(OH)D, que representa a forma circulante em maior quantidade, porém biologicamente inerte10,11.

A 25(OH)D circula ligada à proteína ligadora da vitamina D até o rim, onde ocorre a etapa final da produção do hormônio, e sofre uma nova hidroxilação, dando origem a 1,25(OH)2D, sua forma biologicamente ativa8,10.

Embora a forma ativa da vitamina D seja a 1,25(OH)2D, a avaliação de níveis séricos é feita pela verificação da concentração da 25(OH)D, que está em maior quantidade e com meia-vida de aproximadamente três semanas. A 1,25(OH)2D normalmente não é dosada, uma vez que sua meia-vida é curta (aproximadamente 4h) e está em concentração mil vezes menor que a 25(OH)D. Além disso, no caso de deficiência de vitamina D, existe um aumento compensatório na secreção do Paratormônio (PTH), o que estimula o rim a produzir mais a 1,25(OH)2D. Desse modo, quando ocorre deficiência de vitamina D e queda dos níveis de 25(OH)D, as concentrações de 1,25(OH)2D se mantêm dentro dos níveis normais e, em alguns casos, até mesmo mais elevadas10,12.

Em 1989 e 1997, o Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências13,14, fez recomendações sobre o consumo de vitamina D, porém estudos demonstraram uma ineficácia nas recomendações propostas15,16. Dessa forma, o Institute of Medicine (IOM) realizou uma revisão dos estudos relacionados à utilização de vitamina D e cálcio segundo as Referências de Ingestão Dietética (Dietary Reference Intakes - DRI) de 1997 e as evidências dos resultados para a saúde da população em diversos momentos fisiológicos.

Com isso, foram propostos novos valores de referência baseados em estudos de padrão-ouro, em que as recomendações foram baseadas em dose-resposta de eficácia para condições específicas de saúde (Tabela 1). No estudo supracitado, foi ressaltado que a evidência suporta a importância de vitamina D e do cálcio na promoção do crescimento e da saúde óssea, mas não em doenças como o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes Mellitus tipo 2, obesidade e doenças autoimunes. No entanto, isso não significa que futuras pesquisas não revelem uma relação convincente entre vitamina D e determinadas enfermidades17.

Além disso, novos dados indicam que o excesso desses nutrientes pode ser prejudicial. O comitê do IOM determinou que o risco de dano aumenta quando se consomem mais de 2000mg de cálcio ou mais que 4000UI de vitamina D por dia. Dentre as complicações relacionadas com elevada ingestão, destaca-se a hipercalcemia18.

Tradicionalmente, níveis de 25(OH)D inferiores a 10ng/mL ou 20 ng/mL são considerados pontos de corte para deficiência. Estudo recente definiu como deficiência níveis de 25(OH)D abaixo de 15ng/mL, de 15 a 30ng/mL insuficiência e superior a 30ng/mL como suficiente19-21.

vitamina D está pouco presente na alimentação da população mundial. As melhores fontes dietéticas devitamina D3 são peixes de água salgada (especialmente salmão, sardinha, arenque, atum e cavala), fígado e gema do ovo. Leite e manteiga são rotineiramente enriquecidos com vitamina D222.

Ação da vitamina D sobre o sistema imunológico

A identificação de RVD em várias células do sistema imune, entre elas linfócitos T, linfócitos B e células dendríticas, despertou interesse pela vitamina D como um fator imunorregulatório23,24. Nos linfócitos, as principais ações da vitamina D são: alteração na secreção de citocinas pró-inflamatórias, como a diminuição de Interferon-Gama (IFN-γ) e a Interleucina-2 (IL-2), bloqueando, assim, o principal sinal de retroalimentação das células dendríticas, gerando uma diminuição da capacidade de apresentação de antígenos aos linfócitos e diminuição da ativação e expansão clonal dos linfócitos. Ao mesmo tempo, ela aumenta a produção de IL-4, IL-5 e IL-10, e gera uma mudança de fenótipo T helper 1(Th1) para T helper 2(Th2), o que leva a uma maior tolerância imunológica25.

A ação da vitamina D sobre o sistema imune também afeta a subpopulação de linfócitos Th17. Esses linfócitos Thelper se caracterizam por secretar IL-17 e com isso participam na fisiopatogenia de doenças autoimunes. Outras citocinas também sofrem diminuição na sua produção na presença de vitamina D, como IL-6, IL-12 e IL-2326.

As células Tregs reguladoras (células T) são críticas para a manutenção da tolerância imunológica e caracterizadas pela expressão elevada de CD4+. Foi observado que a expressão das células T reguladoras está aumentada na presença de 1,25(OH)2D e que essas células se caracterizam por secretar IL-10 e prevenir o desenvolvimento de enfermidades autoimunes27.

Os linfócitos B também são alvo da ação da vitamina D: sobre essas células, eles têm efeitos diretos e potentes, estimulando a apoptose, inibindo sua proliferação e formação de células de memória, impedindo a diferenciação de células plasmáticas e síntese de imunoglobulinas26.

Efeitos da vitamina D sobre o lúpus eritematoso sistêmico

Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune crônica, multissistêmica, caracterizada por acometimento de múltiplos órgãos e sistemas, cursando com períodos de exacerbação e remissão. Apesar da complexidade, a etiologia do LES ainda é pouco conhecida, sabe-se, porém, da importante participação de fatores genéticos, ambientais, hormonais e imunológicos para o surgimento da doença28,29. Embora sua distribuição seja universal, essa enfermidade é três vezes mais frequente em afro-americanos do que em brancos e dez vezes mais em mulheres7.

Vários autores têm demonstrado maior prevalência da deficiência de vitamina D em pacientes com LES em comparação a indivíduos saudáveis ou com outras doenças reumatoló-gicas7. Pacientes com LES apresentam múltiplos fatores de risco de deficiência de 25(OH)D. A fotossensibilidade característica da doença e a recomendação quanto ao uso de protetor solar determinam menor exposição do indivíduo ao sol, diminuindo a produção cutânea de vitamina D. O uso regular de corticosteroides e hidroxicloroquina parece alterar o metabolismo da vitamina D, embora as evidências ainda não sejam claras. Além disso, comprometimento renal grave que pode ocorrer nesses pacientes, com a presença de nefrite lúpica, pode alterar a etapa de hidroxilação da 25(OH)D30.

Pesquisas sugerem uma relação entre a deficiência da vitamina D e o desenvolvimento da enfermidade. Ensaios in vitro mostraram que a suplementação de vitamina D diminui as anomalias características do LES31. Sugere-se que as alterações imunológicas causadas pelo deficit de vitamina D possam levar a uma diminuição da tolerância imunológica, permitindo o desenvolvimento de doença autoimune em indivíduos geneticamente predispostos.

A associação entre a deficiência de vitamina D e a atividade de doença foi demonstrada por um estudo brasileiro com 36 pacientes com LES e 26 controles saudáveis. De acordo com os valores do índice de atividade da doença,Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI), os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1, com SLEDAI médio de 22 (14-27), e grupo 2, com SLEDAI médio de 1,7 (0-3). A dosagem de 25(OH)D foi significativamente menor (Média - M=17,4, Desvio-Padão - DP=12,5ng/mL, p<0 1="" 2="" ao="" comparada="" do="" dp="14,5ng/mL, <i" grupo="" no="" quando="">p
<0 com="" dp="13,7ng/mL, <i" duos="" indiv="" ou="" saud="" veis="">p<0 25="" a="" alta="" apresentaram="" atividade="" com="" de="" defici="" doen="" e="" foi="" isso="" les="" ncia="" negativamente="" os="" pacientes="" preval="" relacionado="" sup="" uma="">32.
Estudo transversal com 92 pacientes com LES evidenciou insuficiência de vitamina D (<30ng 45="" 75="" defici="" dos="" e="" em="" ml="" ncia="" ng="" pacientes="" sup="">31
. Esse estudo mostrou que deficiência e insuficiência de vitamina D são comuns em pacientes com LES e que podem estar associadas à não exposição ao sol.
Em 2006, um estudo encontrou níveis críticos de vitamina D, definidos neste estudo como 25(OH)D abaixo de 10ng/mL, em 22 pacientes lúpicos dos 123 analisados, sendo os maiores preditores de risco a fotossensibilidade e a doença renal [Odds Ratio (OR)=13,3, p<0 e="" or="12,9, <i">p
<0 25="" afro-americanos="" al="" altos="" aos="" caucasianos="" compara="" de="" disso="" e="" em="" foram="" inverno="" m="" mais="" menores="" n="" no="" o="" os="" respectivamente="" significativamente="" sup="" veis="" ver="">33.
Com a investigação da presença de anticorpos antivitamina D no soro de 171 pacientes com LES para explicar melhor a deficiência de vitamina D nas doenças autoimunes, foi detectada a presença do anticorpo em 4% dos pacientes com LES34. Apesar da baixa frequência de anticorpos antivitamina D em pacientes com LES, os pesquisadores acreditam que esses anticorpos possam desempenhar um importante papel na deficiência devitamina D, e que mais estudos são necessários para confirmar essa teoria em outras populações, utilizando-se esse anticorpo antivitamina D como marcador de diagnóstico e prognóstico.

Uma pesquisa avaliou a prevalência de deficiência ou insuficiência de vitamina D em pacientes coreanos portadores de LES. Além disso, foi analisada a relação entre os níveis de vitamina D com os marcadores da atividade da doença no LES e a influência do uso de corticoides na depleção de 25(OH)D. Os níveis séricos de 25(OH)D de pacientes com LES (M=42,49, DP=15,08ng/mL) foram significativamente menores do que os dos pacientes-controle (M=52,72, DP=15,9 ng/mL, p<0 a="" de="" frequ="" insufici="" nbsp="" ncia="" span="" style="background: lightblue;">vitamina D foi significativamente alta em pacientes com LES quando comparada com a do controle normal (p=0,032). Não houve diferenças significativas nas manifestações clínicas dos pacientes com LES com base nos níveis séricos devitamina D. Além disso, não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de vitamina D entre os pacientes que faziam uso de corticoides e os que não faziam35.

Um estudo brasileiro avaliou a prevalência de insuficiência de 25(OH)D em 159 pacientes portadores de LES e analisou os fatores de riscos associados com a doença e a relação da insuficiência de vitamina D e a atividade da doença. A prevalência de insuficiência de vitamina D foi encontrada em 37,7% dos pacientes (60 indivíduos), e de deficiência, em 8,2% (13 pacientes). Os níveis de 25(OH)D tiveram uma correlação significativa com os níveis de PTH. O estudo não encontrou relação entre insuficiência de vitamina D e variáveis clínicas e demográficas como fotos-sensibilidade, uso de protetor solar, exposição ao sol e uso de suplementação oral de vitamina D. Além disso, o uso de corticoides e atividade da doença também não tiveram associação com a insuficiência de vitaminaD. O estudo concluiu que, mesmo em um país tropical, uma alta prevalência de insuficiência de vitamina D foi encontrada em pacientes com LES, e que intervenções terapêuticas não foram suficientes para prevenir insuficiência de vitamina D36.

Em 2012, um estudo brasileiro37 avaliou a associação entre a insuficiência/deficiência de 25(OH)D com tempo de diagnóstico, fadiga, uso de corticosteroides, antimaláricos e antiDNA. Foram incluídos nesse estudo 78 pacientes portadores de LES e 64 controles saudáveis. Os níveis séricos médios de 25(OH)D foram 29,3ng/mL (6,1 - 55,2ng/mL) nos portadores de LES e 33,2ng/mL (15,9 - 63,8ng/mL) nos controles saudáveis: essa diferença foi considerada estatisticamente significante (p=0,041). Já em relação às outras variáveis avaliadas, não houve diferença estatisticamente significante (tempo de diagnóstico p=0,343; atividade da doença SLEDAI p=0,971; fadiga p=0,808; corticosteroides p=0,701; antimaláricos p=0,986; anti-DNA p=0,435).

A maioria dos estudos encontrados apenas correlaciona a deficiência de vitamina D e a atividade da doença. A suplementação de vitamina D é necessária para a maioria, senão para todos os pacientes portadores de LES.

Um estudo fase I de suplementação oral de vitamina D3 diária mostrou que doses de até 4.000UI/dia durante 3 meses foram seguras e bem toleradas entre pacientes afro-americanos com LES. Os pesquisadores aguardam, contudo, os resultados de um estudo multicêntrico randomizado controlado de suplementação de vitamina D3 de 800UI/dia, 2.000UI/dia e 4.000 UI/dia para reduzir a expressão do IFN-α em pacientes com LES38.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evidências sugerem que a vitamina D tenha um grande potencial na regulação da resposta imunológica. Diversos estudos têm demonstrado que a deficiência e a insuficiência de vitamina D estão presentes em várias doenças autoimunes, em especial no LES: seus níveis estão inversamente relacionados com a atividade de doença. Todas as evidências estão voltadas para a relação entre baixos níveis de vitamina D e manifestação do LES, porém ainda não está definido se a suplementação ou recuperação desses níveis pode influir em maior período de remissão ou, ainda, pode ter uma repercussão na atividade da doença. Dessa forma, mais estudos são necessários para avaliar os possíveis benefícios terapêuticos da suplementação de vitamina D sobre as doenças autoimunes, em especial sobre o LES.

 

COLABORADORES

TM TEIXEIRA realizou a busca das referências bibliográficas em revistas indexadas, fez a redação do manuscrito, com posterior revisão criteriosa dos parágrafos e organizou as referências. CL COSTA participou como orientadora, realizou a revisão de trabalhos publicados nos últimos 20 anos, participou da redação e revisão do texto.

 

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Recebido em: 3/2/2012
Versão final em: 10/5/2012
Aprovado em: 16/5/2012

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