terça-feira, 19 de março de 2013

VITAMINA D - ESTUDOS DIVERSOS SOBRE O EFEITO EM DOENÇAS AUTOIMUNES

VITAMINA D - ESTUDOS DIVERSOS SOBRE O EFEITO EM DOENÇAS AUTOIMUNES

FONTE:  GRUPO NO FACEBOOK DE PESSOAS QUE FAZEM O TRATAMENTO COM A VITAMINA D:  ESCLEROSE MÚLTIPLA - O TRATAMENTO

─ em 1986 um estudo mostrou que a vitamina D3 -que na verdade é um poderoso pró-hormônio -, em doses modestas (5.000 UI por dia) foi capaz de reduzir em mais de 50% a frequência de surtos em portadores de esclerose múltipla (Veja-se em: Goldberg P, Fleming MC, Picard EH. Multiple sclerosis: Decreased relapse rate through dietary supplementation with calcium, magnesium and vitamin D. Medical Hypotheses. Volume 21, Issue 2, October 1986, Pages 193–200). 

Comparando com os resultados de redução de surtos em torno de 30% atribuídos aos interferons, já se vê que esse estudo deveria ter sido levado mais a sério. 

─ em 2007 um estudo envolvendo 12 doentes por um período de 28 semanas mostrou que a administração de doses progressivamente elevadas ao longo de 7 meses (a partir da dose semanal de 28.000 UI = 4.000 UI por dia, até ser atingida a dose semanal de 280.000 UI = 40.000 UI por dia), levaram à redução das lesões ativas em comparação com o número de lesões ativas encontradas nos mesmos pacientes antes desses 7 meses, não sendo verificada a ocorrência de efeitos colaterais. 


(Veja-se em Kimball SM, Ursell MR, O'Connor P, Vieth R. Safety of vitamin D3 in adults with multiple sclerosis. American Journal of Clinical Nutrition. September 2007. vol. 86 no. 3 645-651).

─ em 2012, um estudo "duplo-cego, randomizado" mostrou a redução do número de lesões ativas no grupo tratado com doses relativamente baixas de vitamina D (20.000 UI por semana) durante apenas 1 ano, além de diversas outras melhoras, sem efeitos colaterais verificados (9), em comparação com o grupo que recebeu apenas interferon + placebo.


 (veja-se em: Soilu-Hänninen M, Åivo J, Lindström BM, et al. A randomised, double blind, placebo controlled trial with vitamin D3 as an add on treatment to interferon ß-1b in patients with multiple sclerosis. Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry. 2012; 83:565-571.


─ em Junho 2012, a publicação científica “Current Opinion in Neurology” num artigo intitulado “Vitamin D and multiple sclerosis: epidemiology, immunology, and genetics” concluiu “continuarem a acumular-se evidências em relação ao papel protetor da vitamina D contra o risco da esclerose múltipla se desenvolver e contra a progressão da doença. ( Veja-se em: Simon, Kelly C.; Munger, Kassandra L.; Ascherio, Alberto. Vitamin D and multiple sclerosis: epidemiology, immunology, and genetics. Current Opinion in Neurology. June 2012 - Volume 25 - Issue 3 - p 246–251.


De modo muito diferente do que acontece com as terapias com interferons, a ação imunitária da vitamina D 3 diminui a resposta autoimune ao mesmo tempo em que mantém, ou mesmo aumenta, a capacidade de defesa face a doenças infecto-contagiosas. Esse é um dado da maior relevância na abordagem terapêutica das doenças autoimunes, já que os processos infecciosos são deflagradores de surtos e agravamentos dos sintomas.

De fato, na qualidade de potente pró-hormônio imunorregulador, a vitamina D inibe a resposta imunológica direcionada contra o próprio organismo (denominada pelos imunologistas como "TH17"), tanto em indivíduos saudáveis


(Veja-se em Aideen C Allen, Siobhan Kelly, Sharee A Basdeo, et al. A pilot study of the immunological effects of high-dose vitamin D in healthy volunteers. Multiple Sclerosis Journal. March 28, 2012), como nos portadores de esclerose múltipla 

(Veja-se em J.M. Burton, S. Kimball, R. Vieth, et al. A phase I/II dose-escalation trial of vitamin D3 and calcium in multiple sclerosis. Neurology. 2010 June 8; 74(23): 1852–1859) sem inibir a resposta direcionada contra infecções e pelo contrário, potencializando a resposta antimicrobiana, tal como se verifica, por exemplo, no tratamento da tuberculose pulmonar 

(Veja-se em ) Martineau AR, Timms PM, Bothamley GH, et al. High-dose vitamin D3 during intensive-phase antimicrobial treatment of pulmonary tuberculosis: a double-blind randomised controlled trial. The Lancet, Volume 377, Issue 9761, Pages 242 - 250, 15 January 2011.

Além desses estudos, há inúmeras publicações no site www.scirus.com, conhecido e respeitado nos meios científicos, associando os efeitos da vitamina D à esclerose múltipla, bem como a outras doenças autoimunitárias. 


Aqui em nossos arquivos é possível encontrar dois estudos traduzidos, de grande interesse: 

1) A Segurança da Vitamina D3 em Adultos com Esclerose Múltipla; 
2) Identificada uma causa genética para Esclerose Múltipla e deficiência em Vitamina D.

Deve-se ressaltar também que não se trata apenas de uma terapia de reposição de vitamina D, ainda que a reposição (em doses realistas de 10.000 ou 15.000 UI) já signifique um avanço e proporcione melhoras. 


A terapia baseia-se em altas doses de vitamina D (o pró-hormônio colecalciferol) e obriga a uma rigorosa dieta de restrição de cálcio (não se consome leite nem derivados) bem como a uma hidratação intensa de 2 litros e meio de líquidos diariamente.

Tudo para preservar os rins de excesso de cálcio. Os pacientes são orientados sobre como reconhecer os sintomas de hipercalcemia e fazem exames regulares de Calciúria 24h, principalmente na fase de ajuste da dose. Isso deixa claro que o tratamento deve ser acompanhado por um médico.

São essas doses elevadas que promovem a superação da deficiência em indivíduos que têm resistência parcial hereditária à vitamina D e desenvolveram alguma doença autoimunitária. 


De modo particular aqui nos debruçamos sobre a esclerose múltipla. Tratá-la sem os efeitos colaterais, incidentes no curto e longo prazo dos tratamentos convencionais, é um sonho que se vai concretizando na medida em que portadores de esclerose múltipla, em fases diferentes da doença, vão-se beneficiando e mantendo os benefícios por 2, 4, 5, 6 e até 10 anos, conforme depoimentos de amigos ou colhidos na internet. 

(Incluam-se pacientes da França e Portugal). 

Dentre os benefícios podem enumerar-se a redução ou ausência total de surtos em pacientes que os tinham com mais ou com menos frequência, a interrupção do processo evolutivo com novas sequelas e, mesmo, a regressão de sintomas, como a fadiga, e sequelas mais recentes. Tudo comprovado com ressonâncias magnéticas que revelam o não acometimento de novas lesões, lesões antigas que se tornam inativas e podem até desaparecer. 

No momento em que é atingida a dose adequada da vitamina D (colecalciferol), a esclerose múltipla entra em remissão permanente.


Para além de tudo o que foi dito aqui, convidamos os novos membros adicionados a ler os Depoimentos nos Arquivos do Grupo. 


E se você já iniciou o Tratamento, convém ler as Orientações aos Pacientes, também nos Arquivos, para reforçar as informações que recebeu na consulta com o médico

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